O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e entidades de defesa das mulheres realizam uma passeata, nesta quarta-feira (25), às 15h, para lembrar as vítimas de feminicídio no estado. Mulheres que sobreviveram a esse crime participarão, assim como familiares das vítimas. A passeata saíra do prédio do antigo Produban em direção à sede do TJAL, na Praça Deodoro.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP), foram registrados, no ano passado, 44 feminicídios. De janeiro a julho deste ano, foram 15.
Ação como a que ocorrerá em Maceió deverá se repetir em outras capitais do Nordeste, segundo Paula Simony Lopes, do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM). “Será um ato mais para alertar a sociedade. Não queremos aglomerar pessoas e também não haverá panfletagem por conta do coronavírus. Queremos chamar a atenção para o que está acontecendo”, explicou. A iniciativa conta com apoio da Coordenadoria da Mulher do TJAL.
Violência doméstica
O objetivo da passeata é também conscientizar sobre a importância do combate à violência doméstica. Em Maceió, mulheres que sofrem agressões podem contar com a ajuda da Patrulha Maria da Penha.
Formada por policiais militares, a patrulha fiscaliza o cumprimento das medidas protetivas concedidas pela Justiça. Mais de 500 mulheres já foram assistidas pelo grupamento, em Maceió.
As fiscalizações já levaram a 58 prisões de homens por descumprimento de medidas protetivas de urgência ou por lesão corporal dolosa. De março a novembro deste ano, foram 26 prisões.