Filha de Belo é denunciada pelo Ministério Público por integrar organização criminosa

Isadora ao lado de Belo Foto: Reprodução

Filha do cantor Belo, Isadora Alkimin Vieira, de 21 anos, foi denunciada pelo Ministério Público estadual do Rio pelo crime de organização criminosa. A jovem é acusada de integrar um grupo de estelionatários que dava golpes principalmente em idosos. Além de Isadora, foram denunciadas outras 11 mulheres que foram presas com a filha do cantor em um apartamento em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, no mês passado. O EXTRA teve acesso à denúncia.

Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), responsável pela prisão, no apartamento funcionava uma central de telemarketing clandestina da quadrilha. Isadora e as outras mulheres presas são acusadas de entrar em contato com as vítimas para furtar seus dados bancários e até conseguir acesso a seus cartões de crédito.

Quem atendia essa ligação era outra integrante da quadrilha, o que não levantava suspeitas nas vítimas. O programa também armazenava as informações bancárias das vítimas, que eram digitadas ao fazer contato com a central que acreditavam ser do banco.

Para ter acesso ao cartão das vítimas, as golpistas, se passando por operadoras de telemarketing do banco, ofereciam a elas a possibilidade do cartão supostamente clonado ser retirado de suas casas por um suposto funcionário do banco. Quem fazia a retirada, na realidade, era outro integrante da quadrilha.

Os cartões das vítimas eram usados para efetuar compras e saques. Isadora e as outras mulheres presas tinham a promessa de receber 10% do valor total de cada golpe. No apartamento em Jacarepaguá foram encontradas 10 máquinas de cartão de crédito, sete fones de ouvido com microfone, sete cadernos de anotação, 50 cartões bancários de diversas pessoas e 14 aparelhos celulares.

Ainda de acordo com a denúncia, quanto à divisão de tarefas do grupo, ficou evidenciado que uma das mulheres, Roselaine Oliveira Almeida coordenava as outras integrantes do grupo, que faziam contatos telefônicos com as vítimas.

“Assim, resta evidenciado que as acusadas integram organização criminosa estruturada e caracterizada pela divisão de tarefas entre seus integrantes, com o objetivo de obter diretamente vantagem econômica indevida, por meio de crimes de estelionato”, escreveu o promotor Luís Augusto Soares de Andrade na denúncia.

Até a noite dessa quinta-feira, a denúncia do Ministério Público ainda não tinha sido recebida pela Justiça.

Fonte: Extra

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