Eleito, Maguito Vilela tem ‘momentos de despertar breves’ e meta de controlar respiração espontânea, diz médico

Expectativa é que sedação seja retirada gradualmente até que político possa respirar sozinho.

O prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), tem “momentos de despertar breves” enquanto segue internado e sedado se recuperando da Covid-19, segundo informou nesta segunda-feira o médico responsável por ele, Marcelo Rabahi. O político está em tratamento na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O pneumologista explica que após a retirada da máquina que funcionava como pulmões e coração de forma artificial, no último sábado (5), a meta é a retirada lenta da sedação para que ele possa respirar de forma natural.

No último boletim divulgado, na noite de domingo (6), Maguito seguia com estabilidade do quadro hemodinâmico, traqueostomizado com ventilação mecânica em modo protetor e diálise contínua. Uma nova atualização só deve ocorrer nesta tarde, conforme a assessoria do prefeito eleito.

Rabahi disse que Maguito acorda às vezes, mas, provavelmente, por conta da sedação, não sabe e não se lembrará do que passa nestes momentos.

“Ele tem momentos de despertar breves, muito provavelmente inconsciente, apesar de atender aos comandos, uma vez que ele está sob efeito de sedativos. É mais ou menos como aquela pessoa que está querendo acordar de uma anestesia de pós-cirurgia e começa a despertar, mas muitas vezes nem vai se lembrar daquele momento”, pontua.

Esses momentos, espera o médico, deve aumentar nos próximos dias. A meta com o tratamento é que o político consiga respirar espontaneamente, mesmo que com algum auxílio.

“Os próximos passos vão se basear numa retirada bem gradual da sedação. Com essa retirada gradual da sedação, espera-se que ele possa, aos poucos, fazendo uma ventilação espontânea, mesmo que ainda precisando do ventilador para dar um suporte de pressão. O grande desafio vai ser com que ele controle a respiração do modo espontâneo”, avalia.

Retirada da ECMO
A retirada da máquina ECMO aconteceu no sábado (5), após Maguito apresentar “controle satisfatório” da oxigenação. No dia anterior, o boletim informou que o político estava com a inflamação nos pulmões controlada. O diagnóstico foi feito após exames laboratoriais e de imagem demonstrarem “um controle no quadro inflamatório dos pulmões”.

Como o político testou negativo para o coronavírus em dois exames recentes, ele foi transferido para uma UTI comum, em outra ala do hospital paulista. Maguito ainda está com uma abertura no pescoço feita por uma traqueostomia.

Histórico de internação
O político testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia.

Em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No mesmo dia, foi transferido para São Paulo.

Em 30 de outubro, Maguito foi entubado, pela primeira vez, após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele voltou a respirar sem o equipamento. O político apresentou piora e voltou à ventilação mecânica em 15 de novembro, dia da votação. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.

Em agosto deste ano, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário