O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) publicou um vídeo em que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aparece em uma festa na casa do Governador do Distro Federal, Ibaneis Rocha. Na postagem feita na manhã desta segunda-feira, dia 14, no Twitter, Freixo chamou de “vergonha” o fato de o ministro estar em uma festa particular, sem máscara, em meio à pandemia da Covid-19, que já matou mais de 181 mil pessoas no Brasil desde março de 2020. A gravação postada pelo deputado foi divulgada pelo jornalista Guga Noblat.
“Vergonha! Mais de 181 mil brasileiros mortos e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, curtindo uma festinha na casa do governador do DF, Ibaneis Rocha”, escreveu Freixo em sua rede social.
VERGONHA! Mais de 181 mil brasileiros mortos e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, curtindo uma festinha na casa do governador do DF, Ibaneis Rocha. pic.twitter.com/SLFAvXbWIX
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) December 14, 2020
A reunião aconteceu no sábado, dia 12. No mesmo dia, uma foto de Pazuello e Ibanes com o cantor Zezé de Camargo foi compartilhada nas redes sociais. Todos estão sem máscara e abraçados.
O Brasil registrou 20.957 novos casos e 276 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas; desde o início da pandemia, o país teve 6.901.552 ocorrências e 181.419 óbitos notificados, segundo boletim do consórcio de imprensa. Os dados deste domingo, dia 13 não incluem as informações de Goiás. A secretaria de Saúde do estado informou que de Goiás, devido à pane elétrica provocada pelas chuvas nesta semana, foi danificada toda a infraestrutura que sustenta a Tecnologia da Informação (TI) de sua sede, no Parque Santa Cruz, em Goiânia. “Como precaução, os servidores e links de dados tiveram de ser desligados, para evitar ainda maiores danos”, informou a pasta.
O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em um boletim divulgado às 20h.
A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 637. É um crescimento de 23% em relação a 14 dias atrás. Esse é o sétimo dia seguido que ela se mantém acima de 600.
Plano de vacinação sofre críticas
Um plano nacional de imunização contra a Covid-19 foi entregue no sábado, dia 12, pelo Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ser muito aguardo por especialistas, o documento não foi tão bem recebido pela classe, que apontou a ausência da vacina CoronaVac, de grupos prioritários e de um detalhamento maior de como será feita a logística de distribuição das doses como alguns dos pontos que devem ser melhorados.
No sábado, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas neste domingo para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informe a previsão de data para começar e para terminar o plano nacional de vacinação contra o coronavírus. Ele quer saber inclusive a previsão de duração de cada uma das fases do planejamento.
O ministro pediu a retirada de pauta de duas ações que pediam para o governo federal apresentar o plano de vacinação depois que o plano foi enviado ao tribunal. O julgamento estava marcado para começar na quinta-feira. A pedido do relator, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, adiou o julgamento.
Em vídeo publicado nas redes sociais do Ministério da Saúde, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, afirmou que seria “irresponsável” fixar uma data para o início da vacinação contra Covid-19 no Brasil. Ele afirmou também que nenhum laboratório iniciou o processo de registro de imunizante na Anvisa.
— Seria irresponsável darmos datas específicas para o início da vacinação, porque depende de registro em agência reguladora, posto que só saberemos da segurança completa quando finalizados os estudos clínicos da fase 3. Vale ressaltar, mais uma vez, que nenhum dos laboratórios sequer iniciou o processo de autorização para uso emergencial em caráter experimental — disse, no vídeo.