Após anunciar a compra de um milhão de doses da vacina sino-brasileira, CoronaVac, o secretário de Saúde de Alagoas, Alexandre Ayres, revelou em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (17), que a vacinação no estado será iniciada no mês de fevereiro.
Ayres disse ainda que Alagoas também discutiu com o Governo Federal sobre o Plano Nacional de Imunização, anunciado nessa quarta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A intenção do estado é garantir a maior quantidade de doses possível.
“Fui ao Instituto Butantã e firmamos uma parceria com o governo de São Paulo, onde Alagoas passa a ter prioridade para a compra dessa vacina tão importante para imunização da nossa população contra o Covid-19. Mas, sendo pela vacina do Butantã ou pelo Ministério da Saúde, em fevereiro iremos começar nossa vacinação”, afirmou Ayres.
O secretário explicou que a CoronaVac prevê duas doses para cada paciente. Com isso, as um milhão de doses serviriam para imunizar 500 mil alagoanos, o que representa aproximadamente 1/6 da população.
Inicialmente, serão imunizados somente pessoas que se enquadrem em grupos de risco, além dos 80 mil profissionais da Saúde.
“Nós assinamos um manifesto onde consta a quantidade de um milhão de doses que serão disponibilizadas para os alagoanos. A CoronaVac tem a programação de duas doses para cada paciente. Se estamos adquirindo, inicialmente 1 milhão, temos condições de vacinar 500 mil alagoanos. Só será vacinado em Alagoas o cidadão do grupo de risco ou profissional de Saúde que estiverem dentro dos requisitos divulgados por uma comissão”, complementou.
Ayres informou aínda que a aquisição das vacinas será realizada com recursos próprios do Estado.
RETORNOS ÀS AULAS E AUMENTO DOS CASOS
Durante a coletiva, Alexandre Ayres foi perguntado sobre o decreto que autoriza o retorno das aulas presenciais, que deveria ter sido divulgado na última terça-feira (15). Segundo o secretário, o documento está pronto e deve ser publicado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias.
Sobre o aumento de de infectados por Covid-19, Ayres respondeu que o número de 773 novos casos não são necessariamente de pessoas que contraíram a doença nas últimas 24 horas, mas sim de um acúmulo que ficou retido de outras datas, fazendo com que o último boletim fosse o maior em quatro meses.
Ayres criticou as aglomerações políticas e alertou para que a população evite festas no fim de ano.
“O decreto está pronto e a previsão é o retorno às aulas continua para janeiro. O documento será publicado em breve. Com relação aos 773 divulgados, esses não são todos casos de ontem, mas muitos que foram acumulados e não haviam sido registrados. Nós temos muitos casos pendentes e que não são de pessoas que estão esperando testes. Mas sim os municípios que não fecharam seus balanços de forma correta. O aumento assustou e gerou medo. Entendo que as aglomerações políticas ajudaram a aumentar os casos. Mas não adianta ficar se agarrando em erros anteriores para irmos as ruas sem cuidado no fim de ano”, finalizou.