Acompanhado de advogado, o jovem Cristian Roberto da Silva, 19 anos, compareceu a 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (4) e teria confessado ter matado o padre José Ronaldo Gomes de Brito, 37 anos. O crime aconteceu na virada do ano em uma casa na ocupação Bela Vista do Juá, em Santarém (PA).
Por meio de nota, sem entrar em detalhes, a Polícia Civil informou na noite desta segunda-feira que o suspeito de matar o padre José Ronaldo de Brito foi liberado após prestar depoimento, e que equipes da delegacia local realizam diligências para elucidar o caso.
Segundo fonte da polícia, Cristian teria revelado que ele e o padre tinham um relacionamento amoroso, mas que haviam se desentendido.
O G1 apurou que uma segunda pessoa é investigada por suspeita de envolvimento na morte do padre José Ronaldo.
Cristian teria dito à polícia que após ter matado o padre com um golpe de faca no pescoço, pegou o carro da arquidiocese que era usado por José Ronaldo, com a intenção de fugir, mas acabou perdendo o controle do veículo, que se chocou no muro de uma residência na avenida Fernando Guilhon na madrugada do dia 1º de janeiro.
No dia do acidente, Cristian chegou a ser conduzido pela Polícia Militar à Seccional de Polícia Civil, porém naquela ocasião ele ainda não era considerado suspeito de um crime de homicídio, uma vez que o corpo do padre só foi encontrado na manhã do último domingo (3) já em adiantado estado de decomposição.
A causa da morte do padre não foi determinada na perícia. Os peritos do IML (Instituto Médico Legal) encontraram uma perfuração no corpo de José Ronaldo. Material como sangue e objetos foram coletados no local e devem passar por exame de DNA.
O corpo do padre José Ronaldo foi sepultado na manhã desta segunda-feira (4), em um cemitério particular de Santarém, após cerimônia restrita a alguns religiosos para evitar aglomeração.