Bombeiro preso após matar ciclista agride mulher e filhos e ameaça mãe e pai, diz família

Inquérito da Polícia Civil apura agressões, como socos e pontapés, praticadas por João Maurício Correia Passos contra a esposa cadeirante; depoimentos citam vício em álcool e drogas

Um inquérito da Polícia Civil do Rio investiga as agressões praticadas pelo capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, de 34 anos, contra a mulher, com quem ele vive há 13, e os filhos do casal, de 11 e 8. Nos depoimentos, a mãe do oficial diz temer por uma “desgraça” na casa da família. Ele está preso desde segunda-feira (11) por ter atropelado e matado o ciclista Cláudio Leite da Silva, de 57, na orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade.

De acordo com as investigações da 23ª DP (Méier), por volta de 22h30 do dia 11 de dezembro do ano passado, policiais militares foram chamados para socorrer a mulher do capitão no apartamento que dividem, no bairro da Zona Norte. Cadeirante, ela dizia ter sido agredida por ele com tapas e socos, principalmente no rosto, e chegou a receber atendimento no Hospital Municipal Salgado Filho.

Em depoimento, a mulher desempregada de 44 anos contou ser ameaçada frequentemente pelo marido, que diz, na frente das crianças, que ela não serve pra nada e tem que morrer. Ela afirmou ainda que João Maurício já apresentou outros episódios agressivos e é usuário de drogas. Nessa ocasião, ela solicitou medidas protetivas, que foram concedidas.

No mesmo inquérito, a mãe do oficial, uma professora de 66 anos, disse que ele “sempre deu trabalho”, começou a apresentar comportamento agressivo na adolescência e que sente medo quando o filho está nervoso. Ela contou ter presenciado ameaças dele contra ela e seu marido. “Ele fala: Está pensando o que? Eu te mato em três golpes. Te dou um empurrão e um chute”, narrou.

Também em depoimento, o pai de João Maurício disse que o filho já agrediu os netos e, em uma situação, chegou a colocar cabeça do menino mais novo dentro de um balde com fezes e urina, onde a mãe faz as necessidades fisiológicas, ao repreender a criança por ter sujado a cueca.

A mãe do capitão contou também que a nora sofre um relacionamento abusivo, tendo discussões e apanhando rotineiramente do filho, a quem classifica como alcoólatra e suspeita ser viciado em drogas. Ela disse ainda que a mulher ficou paraplégica durante um acidente de carro provocado por João Maurício, que dirigia bêbado, em 2018.

O motorista, João Maurício Correia Passos, de 36 anos, e capitão do Corpo de Bombeiros, estava com bebidas na mão em um posto de gasolina um pouco antes do acidente que matou o ciclista e taxista aposentado, Cláudio Leite da Silva, de 57 anos. O homem estava sem camisa e cambaleava no local até pegar o carro.
O motorista, João Maurício Correia Passos, de 36 anos, e capitão do Corpo de Bombeiros, estava com bebidas na mão em um posto de gasolina um pouco antes do acidente que matou o ciclista e taxista aposentado, Cláudio Leite da Silva, de 57 anos. O homem estava sem camisa e cambaleava no local até pegar o carro.
A professora afirmou temer por uma “desgraça” na família, com o filho matando a nora e os netos e cometendo suicídio depois. Pelo atropelamento de Claudio, João Maurício foi indiciado pelo delegado Alan Luxardo, titular da 42a DP (Recreio), por homicídio com dolo eventual, por estar embriagado e fugir do local. Vídeos mostram ele bebendo uísque, vodka e cerveja e com dificuldades de caminhar momentos antes do acidente.

Fonte: Época

Veja Mais

Deixe um comentário