O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem dito a aliados que, se Rodrigo Pacheco (DEM-MG) vencer as eleições de fevereiro para a presidência da Casa, irá aceitar o comando de um ministério do governo federal. A informação foi confirmada por fontes ligadas ao gabinete de Alcolumbre à CNN.
Segundo interlocutores, o atual presidente do Senado está otimista em fazer um sucessor e afirma que recairá sobre ele o mérito da vitória de Pacheco.
Além disso, como partidos aliados ao senador mineiro não querem aceitar que Alcolumbre seja o vice-presidente da chapa de Rodrigo Pacheco, ele acredita que poderá crescer mais na opinião pública se assumir uma pasta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Entre as pastas que Davi Alcolumbre pode aceitar estão o Ministério do Desenvolvimento Regional, a Secretaria de Governo, ou o Ministério de Minas e Energia.
Uma ala do Palácio do Planalto também teria sondado o presidente do Senado para que assuma o Ministério da Saúde, mas este último não agrada a Alcolumbre, que estaria querendo evitar crises com a população em meio à pandemia do novo coronavírus.
Interlocutores disseram ainda que outro importante fator que faz com que Alcolumbre queira deixar o mandato de senador é o fato de quem assumirá enquanto suplente é seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM-AP).
Em novembro do ano passado, Josiel tentou se eleger para prefeito de Macapá, capital do Amapá, mas acabou derrotado após um apagão enfrentado por moradores do estado.
Em dezembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro teria convidado o presidente do Senado para assumir uma pasta no governo federal. A CNN apurou que, inicialmente, Alcolumbre teria se recusado, mas, após apoio declarado de grandes partidos a seu candidato à presidência do Senado, o democrata teria mudado de ideia.
Procurada, a assessoria de imprensa de Davi Alcolumbre preferiu não se pronunciar.