Após a aprovação do uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas serão distribuídas de maneira ordenada aos municípios. O plano de imunização leva em consideração a quantidade necessária – nesse primeiro momento – para servidores da saúde, idosos em abrigos de longa permanência e indígenas, com duas doses garantidas para cada cidadão. A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) orienta que cada gestor siga as determinações do Ministério da Saúde para logística e escolha de pacientes prioritários, que estão na linha de frente, já que ainda não há doses suficientes para imunizar a todos.
O começo da imunização contra a covid-19 começou, nesta terça (19), logo depois de uma cerimônia realizada no Hospital Metropolitano de Maceió. Os gestores aguardam a divulgação da logística de distribuição da vacina, produzida pelo Instituto Butantan, que se dará por meio do transporte terrestre e aéreo. O Governo de Alagoas destaca que essa é a maneira mais eficiente para garantir celeridade ao processo.
A AMA alerta que as cidades precisam se preparar para iniciar a campanha de vacinação. Dedicado à capacitação dos profissionais, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) publicou o Plano Estadual de Operacionalização da Vacina como medida de enfrentamento à emergência de saúde pública, de importância internacional, mediante ações de vacinação nos 102 municípios alagoanos. O documento apresenta a quantidade de pessoas aptas para receber a vacina por município, o contexto, o público-alvo prioritário, o planejamento para operacionalização e orientações adicionais para o prefeito.
“Por ocasião da ampliação da oferta de imunobiológicos ao longo do tempo, a vacinação em massa, tanto na rotina quanto nas grandes campanhas, tem se constituído em valioso mecanismo de ação para o controle, eliminação e/ou erradicação de doenças imunopreveníveis, podendo ser citadas a erradicação mundial da varíola na década de 1970, a eliminação da circulação do vírus selvagem da poliomielite nas Américas, em 1994, e a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no Brasil, em 2015”, destaca o documento.
A vacinação exige a identificação nominal de cada usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) a receber a dose do imunizante. Por conta disso, a Associação destaca orientações publicadas pelo ministério aos gestores municipais, em relação à obrigatoriedade do registro das doses pelos Entes municipais, nos sistemas oficiais disponibilizados.
Serão utilizados pelos menos três cadastros oficiais de informações para essa Campanha de vacinação: sistema de informação do Cadastro Nacional de Estabelecimentos (CNES); Sistema de Cadastramento de Usuários do SUS (CadSus); e Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Sipni). A obrigatoriedade foi estabelecida pela Portaria 69/2021 do MS.
Alagoas recebeu 87.760 doses da CoronaVac. Serão vacinados, neste primeiro momento, profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate ao novo coronavírus e pessoas com mais de 75 anos de idade, esse grupo com 71.080 doses disponíveis; e indígenas aldeados, para os quais foram recebidas 16.680 doses.