Portugal suspendeu, nesta quarta-feira (27), os voos entre o país e o Brasil a partir do dia 29 de janeiro e até o dia 14 de fevereiro.
O Ministério do Interior português disse que a piora da pandemia de coronavírus, que causa a Covid-19, no mundo e a detecção de novas variantes justificaram a decisão.
Estão permitidos apenas voos de repatriação e humanitários e, mesmo nesses casos, os viajantes precisarão exibir um resultado negativo de teste de Covid-19 que tenha sido feito 72 horas antes do embarque. Além disso, eles precisarão fazer quarentena de 14 dias ao chegar em Portugal.
O Ministério do Interior afirma que nos voos de caráter humanitário está liberado o embarque de cidadãos da União Europeia e do Espaço Schengen (grupo de 26 países europeus, sendo que alguns deles não são da União Europeia), desde que sigam os mesmos protocolos para poder ingressar no país.
As regras estabelecidas para o Brasil são iguais às que já vigoram para os voos entre Portugal e o Reino Unido.
Pandemia em Portugal
Desde o começo da pandemia, Portugal, que tem 10 milhões de habitantes, registrou 669 mil casos positivos. Desses, quase 173 mil ainda estão ativos.
Nos hospitais, há mais de 6,6 mil pessoas internadas — 783 estão em unidades de terapia intensiva.
O Parlamento deverá votar uma prorrogação de 15 dias do estado de emergência. Todas as medidas de confinamento devem ser prolongadas.
Restrições de outros países
No dia 14 de janeiro, o Reino Unido barrou viajantes oriundos do Brasil, Portugal e de outros 14 países por conta de uma nova variante do coronavírus.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já havia dito que o país buscava formas de se proteger de “variante brasileira” do coronavírus.
Johnson se referiu a uma variante encontrada no estado do Amazonas e que foi registrada em viajantes que passaram pela região e retornaram ao Japão.
Os Estados Unidos mantiveram a proibição da entrada de viajantes vindos do Brasil, depois que o ex-presidente Donald Trump, no dia 18 de janeiro, anunciou que iria suspender as restrições, com início em 26 de janeiro. No mesmo dia, a equipe de Joe Biden avisou que o novo presidente iria reverter a decisão — o que, de fato, aconteceu.