Polícia Civil não esclarece morte de agente durante tiroteio com militares

Jorge Farias / AL24Horas

Delegados Teíla Rocha e Gustavo Xavier, em coletiva

Os seis policiais militares presos nesta quinta-feira, 11, acusados na morte do agente da Polícia Civil Jorge Vicente Ferreira Junior, lotado da Delegacia Geral da Polícia Civil, estavam alocados na 3ª Companhia Independente de Paripueira, prestando serviços à Força Tarefa e no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE). Seus nomes não foram divulgados, tampouco as versões apresentadas por eles sobre o dia do ocorrido.

Em coletiva de imprensa, nesta tarde, a delegada Teíla Rocha, que coordena a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), se limitou a dizer que os militares já haviam sido ouvidos pela comissão que apura o caso e devido às  inconsistências nos depoimentos tiveram os mandados de prisão temporária decretados. A delegada explicou que os mandados são válidos por 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período, ou revogados a qualquer momento.

Os policiais foram apresentados pelo Comando da Polícia Militar e se encontram na sede da DHPP. Caberá ao Comanda da PM determinar o local onde os seis ficarão presos.

Durante a coletiva várias perguntas continuaram sem resposta. A delegada disse que não pode informar nenhuma versão apresentada pelos acusados, nem detalhar a dinâmica do crime que desde o início está repleto de contradições.

Inicialmente o caso foi tratado como uma intensa troca de tiros entre Jorge Vicente Ferreira Junior e um policial da reserva da Polícia Militar que mora na região de Riacho Doce e que o confundiu com um criminoso. Nesta primeira versão, surgiram informações de que guarnições da Polícia Militar foram chamadas para dar apoio ao militar da reserva, que resultou na morte de Jorginho, como era conhecido.

No entanto, a versão vem sendo contestada por associações e pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, que acredita que houve execução. Segundo o Sindpol, a perícia teria encontrado quatro tiros nas costas, dois tiros na região da cabeça, sendo um na nuca, além de um tiro no braço.

Até o momento nenhuma das versões foi oficializada pelas autoridades e a delegada informou que somente com a conclusão do inquérito, nos próximos 10 dias, irá se pronunciar.

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