Governador Renan Filho (MDB)
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), participou na tarde desta quarta-feira, 17, de uma reunião virtual com o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, e demais governadores das unidades federativas do país. No encontro ficou definido que o Ministério da Saúde (MS) deve enviar, na próxima quarta-feira (24), uma nova remessa da vacina CoronaVac para Alagoas. A quantidade de doses porém, não foi confirmada.
Em suas redes sociais, o governador pontuou que a reunião marca 30 dias do início da vacinação contra a Covid-19 no país e que, até o momento, menos de 3% da população brasileira foi imunizada. “Isto indica a necessidade de aumentar a velocidade do sistema imunização, principalmente dos idosos e profissionais de saúde da linha de frente, o que vai ajudar a tirar a pressão do sistema público de saúde e reduzir o número de mortes”, explicou.
Ainda durante o encontro, o Ministério da Saúde divulgou que ficou estabelecido com os governadores a entrega de mais de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, do final de fevereiro até julho, e que a distribuição será feita de forma igualitária e gratuita.
“Totalizaremos até 31 de julho quase 231 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, ou seja, o suficiente para dar tranquilidade de proteção à população contra essa doença”, afirmou o ministro Eduardo Pazuello.
Segundo o MS, serão 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil, somente em Fevereiro. Em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.
O cronograma do primeiro semestre apresentado pelo ministro também leva em conta as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, que garantirão ao Brasil a chegada da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, respectivamente. A previsão é de que o contrato com os dois laboratórios seja assinado ainda nesta semana.
Governador Renan Filho (MDB)
Vacinas para Alagoas
À imprensa alagoana, Renan Filho explicou que não foi definido um número exato de vacinas para cada estado, mas que a distribuição continuará sendo feita de forma proporcional ao contingente populacional, levando-se em conta também o número de profissionais de saúde na linha de frente ao enfrentamento da pandemia. A próxima leva de vacinas deve chegar no dia 24 de fevereiro e totalizará 11,3 milhões de vacinas distribuídas neste mês em todo o país. Em março a previsão é que sejam distribuídas mais 42 milhões de doses.
O próximo público-alvo a ser contemplado ainda vai ser divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
“O mais importante é termos acesso a essas informações para nos nos organizar e informar a população sobre cronograma, datas, grupos… Porém não foram apresentados dados pormenorizados por estado, apenas foi garantido que todos as unidades serão contempladas”, disse.
Outro ponto abordado na reunião foi a possibilidade de compra direto de vacinas entre estados e laboratórios. O governador de Alagoas explicou que ficou estabelecido em consenso que toda compra adicional fará parte do Plano Nacional de Imunização, a fim de não prejudicar estados com menor potencial econômico.
“A possibilidade foi levantada e definido que desta forma o país terá maior previsibilidade de imunização, ressaltando o sentimento de nação e integridade nacional, de que todos precisão ficar juntos, como vem sendo feito até o momento”, falou.
Abertura de Leitos
Também na reunião, os governadores cobraram ao ministro da saúde apoio do Governo Federal para o enfrentamento da doença nos estados.
Pazuello garantiu que todos os leitos abertos para o enfrentamento à pandemia receberão financiamento do governo federal e que, inclusive, já foi feito o repasse aos estados referentes aos leitos abertos no mês de janeiro.
Renan Filho fez questão de destacar que Alagoas é o estado que apresenta menor grupo de mortes por Covid-19 para cada 100 milhões de habitantes do Nordeste e que, diferente de outras unidades, tem conseguido ofertar leitos para todos que tem adoecido, evitando assim o colapso na saúde visto em outros lugares.
Confira, abaixo, o cronograma de entregas e quantidades previstas em contratos do Ministério da Saúde:
Fundação Oswaldo Cruz (vacina AstraZeneca/Oxford)
Janeiro: 2 milhões (entregues)
Fevereiro: 2 milhões (importadas da Índia)
Março: 4 milhões (importadas da Índia) + 12.900.000 (produção nacional com IFA importado)
Abril: 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado)
Maio: 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Junho: 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Julho: 3 milhões (produção nacional com IFA importado)Total primeiro semestre: 112,4 milhões de doses
A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Fundação Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)Janeiro: 8,7 milhões (entregues)
Fevereiro: 9,3 milhões
Março: 18,1 milhões
Abril: 15,9 milhões
Maio: 6 milhões
Junho: 6 milhões
Julho: 13,5 milhõesTotal: 77,6 milhões de doses
Até setembro, serão entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Covax FacilityMarço: 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
Até junho: 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)Total: 10,6 milhões de doses
União Química (vacina Sputnik V/Instituto Gamaleya/RUS)
Março: 400 mil (importadas da Rússia)
Abril: 2 milhões (importadas da Rússia)
Maio: 7,6 milhões (importadas da Rússia)Total: 10 milhões de doses
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Barat Biotech/IND)
Março: 8 milhões (importadas da Índia)
Abril: 8 milhões (importadas da Índia)
Maio: 4 milhões (importadas da Índia)Total: 20 milhões de doses