Segundo Ayres, uma das pacientes já está totalmente recuperada e a segunda está internada em leito clínico de um hospital particular de Maceió. O secretário informou ainda que ambas não tiveram graves sintomas da doença.
“As variantes foram identificadas em duas senhoras que vivem no interior de Alagoas. Uma delas veio de Manaus cuja amostra foi enviada para a Fiocruz. Nós recebemos ontem a confirmação. O segundo caso, a senhora não tem histórico de contato com alguém que foi a Manaus e nem viajou. Isso nos dá a confirmação de que a nova variante já está circulando por Alagoas”, explicou Ayres.
EFICÁCIA DA VACINA
De acordo com Ayres, a nova variante tem maior transmissibilidade, mas ainda não está comprovada se sua taxa de fatalidade é ou não maior. O secretário da Saúde informou ainda que não há estudos que comprovem que as vacinas disponíveis no Brasil – CoronaVac e AstraZeneca – têm eficácia sobre a nova cepa.
“A transmissão desse vírus se dá com uma maior intensidade e isso vai infectar mais pessoas e como temos uma taxa de cidadãos que se infectam com a Covid-19 que agravam, então, consequentemente, teremos um tensionamento da nossa ocupação hospitalar. Permanecemos com o mesmo cenário que estamos enfrentando há um ano. As pessoas precisam colaborar e ter a consciência de que é dever de todos”, disse.
AUMENTO DE CASOS
Alexandre Ayres confirmou, durante a coletiva, que o Estado recebeu 80 pacientes somente durante o período carnavalesco, sendo 30 internados em leitos de UTI. O aumento gerou preocupação e o governo já estuda ter que aumentar o número de leitos de UTI disponíveis.
‘Somente do dia 13 de fevereiro, quando começou o período carnavalesco, até o dia 17, internamos 80 pessoas, sendo 30 em UTI. Conversei com o governador para ampliarmos a capacidade hospitalar. Ainda ano passado, conseguimos disponibilizar 1300 leitos e o número de procura da rede tem crescido e estamos preparados para aumentar e temos que ter um cenário de segurança. Temos informações duras, como o Ceará, que decretou toque de recolher. Nós iremos iniciar nossa sazonalidade gripal e o mês de março é de muita atenção pelo início da quadra chuvosa e facilidade na transmissibilidade do vírus”, finalizou.