A polícia britânica anunciou nesta quinta-feira (4) que não abrirá uma investigação sobre uma impactante entrevista que a princesa Diana concedeu em 1995 a Martin Bashir, jornalista da BBC acusado de falsificar documentos para conseguir a entrevista.
Na entrevista, Diana revelou o motivo pelo qual havia se separado do príncipe Charles — um grande escândalo extraconjugal envolvendo a família real britânica —, um dos maiores furos do jornalismo britânico.
“Éramos três neste casamento”, disse a “princesa do povo” em referência ao relacionamento de seu marido com Camilla Parker-Bowles, hoje casada com Charles.
Dois anos depois, Diana morreu em um acidente de carro em Paris.
Em novembro, o jornal “Daily Mail” publicou acusações feitas pelo irmão de Diana, o conde Charles Spencer, contra Bashir. Segundo Spencer, o jornalista conseguiu conquistar a confiança dele e de Diana ao dizer que havia uma conspiração da família real contra a princesa.
“Após um exame cuidadoso e à luz do assessoramento que recebemos, decidimos que não é apropriado abrir uma investigação criminal sobre essas acusações”, declarou o comandante do serviço de polícia de Londres, Alex Murray, em comunicado.
Realeza nos holofotes
A decisão é anunciada na véspera da veiculação, nos Estados Unidos, de uma entrevista que Oprah Winfrey fez com o príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, que abdicaram os títulos da realeza britânica e abandonaram os direitos e deveres da coroa.
Em um trecho da entrevista que já foi divulgado, Markle acusa o Palácio de Buckingham de “perpetuar inverdades” sobre ela e Harry.
Ambas as notícias coincidem com a hospitalização do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, que tem 99 anos e está internado desde 17 de fevereiro.
Philip foi submetido a uma operação por um problema cardíaco, anunciou o Palácio de Buckingham nesta quinta-feira (4), dizendo que o procedimento foi bem-sucedido.