As gêmeas transexuais Sofia Albuquerck e Mayla Phoebe, de 19 anos, receberam liberação médica para voltar para casa, na sexta-feira (26). A cirurgia de readequação sexual aconteceu em fevereiro em Blumenau, no Vale do Itajaí.
A partir de agora, as irmãs passarão por acompanhamento médico por telemedicina e só retornarão à clínica catarinense em fevereiro do ano que vem para consulta ginecológica. As duas são de Tapira, Minas Gerais, e passam bem, segundo os médicos.
Mayla Phoebe diz que desde os 3 anos já se identificava com o sexo feminino e pediu a Deus que a transformasse em uma menina. “Nunca tive rejeição familiar”, afirma.
Mayla passou pelo procedimento no dia 10 e o de Sofia aconteceu no dia seguinte, 11 de fevereiro. As cirurgias duraram em média 4h. Elas receberam alta dias após a cirurgia, mas continuaram em Blumenau tendo acompanhamento médico.
O procedimento de Sofia e Mayla é considerado raro e foi o primeiro realizado em gêmeas em Santa Catarina. A unidade de saúde diz também que pode ter sido pioneiro no Brasil. A história delas ganhou repercussão em pelo menos 36 países, segundo a assessoria da clínica onde as gêmeas realizaram o procedimento.
As irmãs gêmeas nasceram com o sexo biológico masculino e discutiam a transição para o feminino desde antes da maioridade. As gêmeas sabiam da possibilidade de fazer o procedimento desde criança. Elas passaram pela mamoplastia, procedimento que aumenta o volume dos seios, no ano passado.
Mesmo com a cirurgia concluída, Sofia afirma que o caminho de lutas e de conquistas está apenas começando. “Eu ainda tenho que conquistar os meus direitos, o meu lugar na sociedade e o respeito dela”, afirmou