Polícia Civil elucida casos de homicídios em município do agreste

A Polícia Civil de Alagoas, por meio da equipe do 62º Distrito Policial (62ºDP) de Craíbas, coordenada pelo delegado regional de Arapiraca, Guilherme Iusten, com apoio do gerente de Polícia Judiciária da Região 3 (GPJ 3), delegado Mário Jorge Machado Barros, elucidou mais três casos de homicídios qualificados ocorridos naquele município.

PC/AL

O homicídio mais recente teve como vítima João Vitor Brito dos Santos, adolescente de 17 anos de idade, declarado homossexual, conforme informações de familiares e amigos da vítima, que foi assassinado com dois tiros na cabeça, por motivo fútil.

Foi apurado que as pessoas indiciadas, uma mulher de 18 anos e um homem de 23 anos, atraíram a vítima até o local do crime sob o pretexto de que iriam para uma chácara na madrugada do dia 11 de janeiro desse ano, na estrada que dá acesso ao Povoado Serrote Grande, Craíbas, porém, durante as investigações, os indiciados apresentaram versões totalmente divergentes entre si e contraditórias em relação às provas técnicas constantes do laudo pericial do Instituto de Criminalística e do laudo cadavérico do Instituto Médico Legal, bem como em relação aos demais elementos de informação que compõem o conjunto probatório.

Vale frisar que antes de chegar à chácara a vítima foi assassinada, não tendo prosperado a versão que apontava para um suposto latrocínio, roubo seguido de morte, haja vista não ter vestígios de frenagem da motocicleta nem marcas no solo que pudessem apontar que a vítima caiu ou reagiu durante o suposto assalto, cuja versão foi dada pelo indiciado, enquanto a indiciada alegou nada ter visto no momento do crime e que estaria na piscina da chácara, o que não foi confirmado pela investigação, portanto, apurou-se que os indiciados estavam na companhia da vítima no momento do crime, pois o homem indiciado convidou a vítima para ir até o local onde a mesma foi assassinada, numa estrada vicinal.

O segundo homicídio teve como vítima Washington Francisco Mateus do Nascimento, de 27 anos, que foi assassinado a golpes de arma branca, espeto de ferro, fato ocorrido no dia 20 de dezembro de 2020, por volta das 05h30, em via pública, bairro São João, Craíbas.  Apurou-se que minutos antes do crime o indiciado, de 32 anos – que já foi condenado por outro homicídio em Maceió e estava no regime semi-aberto – encontrava-se ingerindo bebidas alcoólicas com a vítima e com o irmão dela, quando houve uma discussão entre ambos, mas após os ânimos se acirrarem, o indiciado saiu e retornou pouco tempo depois, chamando a vítima em sua residência alegando que queria beber mais, fato presenciado pelos familiares da vítima, então, mesmo contra a vontade de seu genitor, a vítima saiu em companhia do acusado e foi assassinada logo em seguida, inclusive, quando o pai de Washington chegou no local do crime, seu filho ainda estava agonizando e praticamente entrou em óbito nos seus braços.

O terceiro homicídio vitimou a pessoa de Francisco Justino da Silva, 40 anos, que foi assassinado com emprego de arma de fogo, fato ocorrido em via pública, no centro da cidade, nas imediações da agência do Banco do Brasil de Craíbas, fato ocorrido na madrugada de 31 agosto de 2020, ocasião em que o corpo da vítima ficou na calçada de um estabelecimento comercial ao lado de sua motocicleta. A investigação apurou que o autor, um homem de 26 anos, deflagrou um tiro à distância contra a vítima que entrou em óbito no local do fato, pois o acusado alega ter atirado para se defender imaginando que o celular que a vítima portava na cintura fosse uma arma de fogo. Convém destacar que o indiciado era conhecido da vítima, inclusive, a esposa do acusado havia convidado a esposa da vítima para ser madrinha do filho dela.

Após conclusão das investigações, todos os inquéritos policiais foram enviados para as Varas Criminais da Comarca de Arapiraca.

O delegado Guilherme Martim Iusten solicita à população que continue denunciando os crimes e os criminosos através do 181 do disque denúncia da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, pois o sistema é absolutamente sigiloso, cujos informes ajudam bastante nas investigações criminais em andamento, bem como na captura de foragidos da justiça.

Fonte: PC/AL

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