Neste grande laboratório que se tornou o Campeonato Carioca, o retorno do elenco principal do Flamengo teve apenas um objetivo: dar ritmo de jogo aos titulares. O adversário era o Bangu, mas a cabeça estava no Palmeiras. Apesar da vitória por 3 a 0 ontem, no Raulino de Oliveira, a ideia era se preparar para a Supercopa do Brasil, no próximo dia 11. Neste ponto, boas notícias para a torcida rubro-negra e para o técnico Rogério Ceni: se o nível ainda não é o ideal, a qualidade não caiu muito quando comparada com a do encerramento do Brasileiro.
Pese, claro, que o Bangu passou longe de ser um adversário competitivo. Escalado com três zagueiros e com linhas baixas, tinha a intenção de se fechar o máximo possível e apostar nos contra-ataques. Não deu certo. Se não fosse pela falta de pontaria rubro-negra e pelos impedimentos mal marcados pela arbitragem, o Rubro-Negro poderia ter ido para o intervalo goleando — e sem fazer muito esforço.
O gol até demorou para sair, mas veio na jogada em que o Flamengo mais ensaiou na primeira etapa: bola na direita e cruzamento para achar Bruno Henrique.
— Sabemos que as equipes menores vão enfrentar a gente todo atrás. Foi o primeiro gol válido, mas não seria se a arbitragem não tivesse errado nos impedimentos. Como não tem VAR, complica um pouco — reclamou Bruno Henrique na saída de campo.
O Flamengo, que chegou a ter mais que o quádruplo de passes certos que o Bangu, também apostou bastante nas jogadas pela direita, com Everton Ribeiro e as ultrapassagens de Isla. O camisa 7 ainda desperdiçou uma chance inacreditável.
Já Arrascaeta, por outro lado, segue afiado. Na única chance clara, deixou a sua marca. O uruguaio recebeu de Diego, driblou a marcação e bateu rasteiro, sem chance para o goleiro.
Gabigol, já no fim, completou a vitória. Vale destacar também as boas entradas do zagueiro Bruno Viana e do volante João Gomes.
Com a vitória, o Flamengo é líder da Taça Guanabara com 16 pontos. O próximo compromisso é diante do Madureira, no dia 5. Então, vem o duelo que realmente importa — o Palmeiras, em Brasília. Até lá, os campeões precisarão estar afiados.