O vereador Joãozinho (Podemos) cobrou, nesta terça-feira (6), os estudos da SMTT sobre o transporte público de Maceió, principalmente após os rodoviários ameaçarem uma greve a partir de sexta-feira (9). Segundo Joaozinho, os trabalhadores não podem pagar a conta da crise no setor com perdas de direitos e lembrou que em um momento grave de pandemia, reduzir o valor do ticket alimentação e deixar de pagar 50% do plano de saúde deles é uma crueldade e uma injustiça.
O pronunciamento do vereador na sessão da Câmara desta terça-feira teve como base a ultima reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho, entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Maceió (Sinturb-MAC) e a Prefeitura de Maceió, onde teria se debatido esses cortes para minimizar os problemas financeiros do setor.
A proposta dos empresários é de que os tickets alimentação, que hoje são de R$ 500, passem a valer R$ 200 até março de 2023, depois R$ 350, e só em fevereiro de 2023 volte ao valor de hoje. Além disso, o plano de saúde que é custeado 100% pelas empresas, será apenas de 50% a partir de agora.
“Claro que jamais vamos reclamar da passagem mais barata e muito menos do passe livre. Mas não podemos deixar que os rodoviários paguem essa fatura, temos que ter responsabilidade no que fazemos”, reforçou Joãozinho.
“A SMTT diz que os estudos foram finalizados, que se comprovou o desequilíbrio financeiro. Como resolver essa equação? Fazendo os rodoviários sofrerem com medidas de cortes em seus direitos? Podemos ter uma greve na próxima sexta-feira e me preocupa que em um momento como esse, de avanço da covid, tenhamos menos ônibus circulando na cidade”,
ICMS e IPVA
Na ATA da audiência no Ministério público do Trabalho, um representante da prefeitura disse que o município irá pleitear, junto ao Governo do Estado de Alagoas, possíveis isenções ou redução de impostos estaduais como ICMS, IPVA sobre a frota. “O ICMS e o IPVA, impostos estaduais, compõem também a receita do município de Maceió”, lembrou Joãozinho. “Cerca de um terço da receita do município são oriundos de recursos da arrecadação de impostos estaduais, do ICMS e do IPVA, o que faria a cidade perder receita”.
“Nenhum vereador jamais será contra redução de passagem ou o passe livre, é idiotice falar que é contra isso. Agora temos que ter responsabilidade sobre o que está acontecendo e ter acesso aos estudos da Prefeitura”, finalizou o vereador.