Caso da suspeição de Moro reacende divisão no STF; resultado deverá ser apertado

Está marcada para esta semana o início do julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos casos da Operação Lava-Jato de Curitiba, reconhecida pela 2ª Turma da Corte. A tendência é que o resultado seja apertado, mas favorável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apontou que Moro era suspeito para julgar seus processos. A informação é da âncora da CNN Daniela Lima.

Diferentemente da decisão sobre a mudança do foro dos casos de Lula, em que o placar foi de 8 a 3 pela incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, o julgamento sobre a suspeição deverá retomar a divisão dos ministros do STF entre aqueles que apoiam a Lava-Jato e os críticos da operação.

A ala pró Lava-Jato entende que Moro tem um legado e tentará manter alguma chancela ao trabalho do ex-juiz. Devem votar contra a suspeição de Moro os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Porém, a tendência é que o plenário do STF decida de maneira apertada a favor da decisão da 2ª Turma que declarou Moro suspeito.

O caso já foi julgado na 2ª turma do STF, um colegiado que reúne cinco ministros da corte. Sendo assim, a discussão no plenário, que reúne todos os 11 ministros, vai girar em torno da possibilidade de anular a decisão de outro órgão colegiado.

Caso se confirme a decisão de manter a suspeição, a tendência é que Lula faça uma entrevista coletiva para comentar a decisão. O petista deve apresentar sua “nova versão” visando as eleições de 2022, em uma reedição do “Lulinha paz e amor” que o ajudou no pleito de 2002. Lula quer afastar a ideia de que está rancoroso.

O ex-presidente também já começou suas articulações mirando o centro, com partidos como o PSD e o MDB.

Fonte: CNN Brasil

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