Covid-19: Maceioenses reclamam de falta de vacinas para aplicação da 2ª dose da CoronaVac

Prefeitura de Maceió emitiu nota dizendo que não recebeu da Sesau a quantidade suficiente de imunizantes

Carla Cleto

Vacina CoronaVac

A falta de vacinas CoronaVac para a aplicação da segunda dose do imunizante contra a Covid-19, em Maceió, está gerando preocupação e insatisfação à população do município. Isso porque apesar de ter sido divulgado que haveria novamente corujão da vacina por 24 horas e que a vacinação ocorreria normalmente, muitas pessoas têm relatado não conseguir se vacinar em alguns postos.

A prefeitura do município, emitiu no início da tarde deste domingo, 25, uma nota informando que já hoje poderia haver comprometimento na aplicação de doses deste imunizante. Segundo a nota, o Governo do estado já foi notificado na última quinta-feira (22) – quando houve paralisação na aplicação das segundas doses – e que será notificado novamente, já que das 26.510 doses necessárias, apenas 8.790 haviam sido entregues até o momento.

Em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a pasta confirmou a redução no envio da CoronaVac pelo Ministério da Saúde (MS) para Alagoas e reforçou que, em resposta a situação criada pelo atraso, a Sesau e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL) decidiram, conjuntamente, estender o prazo para aplicação da segunda dose da CoronaVac, informado no momento da vacinação, que era de 21 dias para 28 dias. O novo prazo é permitido pelo fabricante por meio da bula.

“A extensão do prazo foi pactuada entre o Estado e os municípios alagoanos por meio da Resolução da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) número 014, de 22 de abril de 2021. A resolução será publicada em edição suplementar no Diário Oficial do Estado (DOE).

Na bula da vacina Coronavac consta a informação de que a aplicação da segunda dose do imunizante deve ser realizada entre 14 e 28 dias. Em Alagoas, havia sido estipulado, inicialmente, que o prazo seria de 21 dias entre a primeira e a segunda dose. Ainda conforme a bula do imunizante, há informações científicas sobre o intervalo de 28 dias garantir uma melhor resposta imunológica no organismo contra o novo coronavírus”, informa a Sesau.

Sesau e Cosems orientam a população a prestar atenção na data que consta no cartão de vacinação e acrescentar sete dias para tomar a segunda dose da CoronaVac. “Caso no cartão de vacinação a segunda dose esteja marcada para a próxima segunda-feira, dia 26 de abril, agora esta pessoa deve procurar os pontos de vacinação no dia 03 de maio”, explicam.

Nas redes sociais, além de relatar a falta do imunizante, muitas pessoas questionaram o fato de todas as doses enviadas ao Estado terem sido aplicadas como primeira dose, não se fazendo a reserva para aplicação da segunda dose dos que já haviam iniciado o processo de imunização. Sobre o que a Sesau justificou:

Outro fator que reduziu o quantitativo de doses disponíveis foi a definição do Ministério da Saúde – por meio dos informes técnicos número 7 e 8 da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunização – que Estados e municípios pudessem utilizar as doses referentes a segunda dose como primeira dose, com o instituto Butantan confirmando a entrega das doses correspondentes para aplicação da segunda dose. Porém, com a redução na produção da Coronavac pelo instituto, devido à falta  do insumo importado, essa reposição não aconteceu.

A Sesau pontua ainda que a diminuição nas remessas enviadas pelo Ministério afetam todo o país, visto que a capacidade de produção do Instituto Butantan foi reduzida por falta de insumos.

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Nota Sesau/AL

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