O policial da reserva Fabrício Queiroz, denunciado pelo Ministério Público como o operador do esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos), pediu à Polícia Militar uma inspeção de saúde para avaliar se ele está apto a adquirir uma arma de fogo.
O procedimento é praxe para policiais da ativa ou da reserva que queiram comprar armamento. A análise é feita por uma junta médica que avalia se o PM tem condições psíquicas e físicas para a aquisição.
A PM não respondeu se o aval já foi dado, mas o G1 apurou que, no último dia 20, a junta médica considerou Queiroz apto a adquirir o armamento. O advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Paulo Emilio Catta Preta, não respondeu se a arma já foi comprada.
Queiroz foi preso nas investigações das “rachadinhas” do gabinete do senador Flávio Bolsonaro. Em março, o Superior Tribunal de Justiça concedeu liberdade a ele e à mulher, Márcia Aguiar. Três dias depois, ele retirou a tornozeleira eletrônica.
O ex-assessor é apontado como operador do esquema. Com os dados obtidos na quebra de sigilo, o Ministério Público afirma que Queiroz fazia pagamentos de contas pessoais de Flávio e da família dele, que o senador usava a loja de chocolates dele para receber recursos obtidos na “rachadinha” e depois retirava como se fosse lucro e ainda compra de imóveis usando dinheiro vivo em operações suspeitas.
O Ministério Público afirma que Flávio Bolsonaro desviou mais de R$ 6 milhões dos cofres da Alerj. A denúncia do MP está sob risco depois que o STJ decidiu anular as quebras de sigilo bancário e fiscal determinado no caso. Isso porque a acusação usa esses dados. A PGR recorreu dessa decisão para que o STF decida o caso.