Ano de 2021 é o menos violento de toda a década em Alagoas, apontam dados da Segurança

Ano de 2021 é o menos violento de toda a década em Alagoas, apontam dados da Segurança

Marcado por quedas acentuadas nos indicadores de criminalidade em Alagoas, o ano de 2021 vem se consolidando como o menos violento no estado em toda a década. O cenário é totalmente oposto ao de dez anos atrás – quando Alagoas e Maceió se destacavam negativamente como o estado e a capital mais inseguros do Brasil. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (10), o governador Renan Filho e o secretário da Segurança Pública, Alfredo Gaspar, apresentaram os dados relativos aos quatro primeiros meses do ano, que mostram tanto uma redução brusca nos principais tipos de crime em relação a 2020, quanto os menores números de toda a série histórica, contabilizada desde 2012.

Nos números acumulados entre janeiro e abril deste ano, o estado registrou menos 19,4% homicídios em relação ao mesmo período do ano passado, com 399 mortes violentas contra 495 em 2020. O número é o menor em dez anos: no primeiro quadrimestre de 2012, foram registrados 829 assassinatos em Alagoas. “Em 2014, no ano antes de assumirmos a gestão, foram 825 homicídios no quadrimestre e, este ano, foram 399, menos da metade. No mês de abril daquele ano, foram 221. Hoje [em abril de 2021], tivemos um terço das mortes [83], quase 70% de redução em relação ao governo anterior”, destacou o governador.

Veja na galeria de fotos os números detalhados da série histórica para os meses de abril e os primeiros quadrimestres dos últimos dez anos.

“O estado de Alagoas saiu do noticiário nacional de violência há um bom tempo. E, com essa queda que estamos tendo, quando consolidarmos os números no Brasil inteiro, certamente seremos – nesse período de 2014 para cá – o estado que mais reduziu violência no Brasil. Não foi apenas um esforço, foi o esforço mais bem-sucedido do país, que imprimiu a maior redução de números no Brasil”, afirmou Renan Filho, apontando que a capital, Maceió, segue a mesma tendência do estado.

Em Maceió, a queda nos homicídios foi de 19,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. São 117 mortes violentas, enquanto no mesmo período do ano passado foram 146. O menor número da história contrasta com os 320 registros em 2012, quase três vezes mais assassinatos. “A violência em Maceió hoje é um terço do que já fora. Ou seja, para cada pessoa que morre hoje, nos anos de 2012, 2013 e 2014 morriam três pessoas”, explicou o governador.

Roubos

Os crimes que dão mais sensação de insegurança à população também vêm caindo ao longo dos últimos anos e atingiram os menores registros em 2021. Os assaltos ao transporte coletivo urbano em Maceió – apenas 20 casos de janeiro a abril deste ano – reduziram 42,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. Em comparação com 2014, quando ocorreram 446 assaltos a ônibus nos quatro primeiros meses do ano, a redução é de mais de 95%. O mês de abril deste ano zerou as ocorrências desse tipo.

Nos roubos a veículos de passeio, com 129 ocorrências em todo o estado, a redução foi de 35,5% quanto ao período de janeiro a abril do ano passado, e de praticamente dois terços em relação a 2014, quando a Segurança Pública teve 387 registros do tipo. Para o roubo de motocicletas, a queda foi de cerca de 50% em relação ao mesmo período de 2014: de 995 para 492 em todo o estado. A redução é ainda mais significativa em Maceió, passando de 391 em 2014 para 106 nos quatro primeiros meses desse ano.

Sem registrar assaltos a bancos desde setembro de 2019, a Segurança Pública também aumentou em 436,2% a apreensão de drogas (1.897,2 kg) no primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano passado, e apreendeu 29,9% mais armas ilegais (717 armas).

“No passado, fingia-se que fazia segurança e o cidadão não tinha nem informação. Não se fazia essa reunião aqui [com a imprensa]. A política de segurança era, no máximo, entregar uma viatura para trocar uma outra sucateada, e o Estado sem nenhuma capacidade de reação”, relembrou Renan Filho.

O secretário Alfredo Gaspar destacou que a valorização dos servidores e a estruturação física das forças de segurança fazem a diferença no enfrentamento à violência. “Os números não mudaram num passe de mágica. Alagoas passou quase duas décadas de derramamento de sangue. Foi persistência e o governador nos conduziu a esse patamar”, afirmou.

 

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