Um acidente grave, quando tinha apenas 16 anos, foi o motivo pelo qual a enfermeira Flávia Fernanda Dantas decidiu que se tornaria uma profissional de saúde e se dedicaria a prestar um atendimento humanizado. Após ter ficado com mais de 30% do corpo queimado, a então adolescente decidiu seu destino na cama de um hospital.
Anos mais tarde, ela protagonizaria mais um bom exemplo da enfermagem brasileira e ganharia as redes sociais e criar um sapatinho de gaze e esparadrapo para uma paciente internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do 4º andar do Hospital da Mulher, em Maceió.
O plantão ocorreu no último dia 2 de junho. Depois de dar banho na paciente, Flávia disse que percebeu as extremidades da mulher bastante frias e decidiu improvisar o sapato, que recebeu um recadinho: “que esse sapatinho aqueça seus pés e seu coração”. Uma colega de plantão registrou e a foto viralizou.
Em entrevista ao Alagoas 24 horas, a enfermeira – que atua há nove anos na profissão – lamentou a postura de algumas pessoas ao ignorar os cuidados básicos como distanciamento social, uso das máscaras, além de limpeza recorrente das mãos, o que reduziria a disseminação do coronavírus. E disse ser ela mesma uma vítima da doença, ao perder o pai, que completaria 64 anos nesta quinta-feira (3) para o vírus.
Ela disse, ainda, que as colegas costumam brincar com ela pela forma como a profissional trata os pacientes, como se eles fossem crianças pequenas. E voltou a defender a assistência humanizada a pacientes e o apoio da sociedade à enfermagem.
