O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quinta-feira (10) que recorrerá do habeas corpus concedido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF) ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
“Bem, primeiro iremos recorrer dessa decisão. A mesa, o Senado, recorrerá da decisão. Respeitamos a decisão da ministra Rosa Weber, como tenho respeitado todas as outras decisões que aqui foram impetradas contra essa CPI”, disse Aziz.
Ele afirmou considerar que a oitiva na CPI seria uma oportunidade para o governante de seu estado esclarecer “o que, de fato, aconteceu no estado do Amazonas”.
“O que aconteceu no estado do Amazonas não é uma coisa rotineira. Faltou oxigênio, pessoas vieram a perder a vida e o governador poderia explicar isso ao povo amazonense. Ele não terá uma oportunidade, como teria se estivesse hoje aqui, de dizer ao Brasil e ao Amazonas o que realmente se passou.”
O senador Eduardo Braga (MDB-AM), que também representa o Amazonas, se manifestou após Aziz e disse que não poderia usar dois pesos e duas medidas para se referir a pessoas que pedem liminares contra a CPI.
“Não posso tratar com dois pesos e duas medidas. O general Pazuello obteve uma liminar do STF. Fui indagado sobre qual era minha opinião e disse: ‘quem não deve, não teme'”, relembrou.
“Quem não deve, não teme. (…) Ele veio e, se não me engano, em apenas um momento se negou a responder uma pergunta. E várias questões foram esclarecidas. Lamentavelmente, o governador WIlson Lima entrou com essa ação, obteve uma liminar que facultou o direito – e esse que é o ponto”, continuou.
Para Braga, a decisão de Lima de não comparecer à CPI fez com que “muitas respostas deixaram de ser dadas”.
“Esperamos que o ex-secretário [de Saúde do Amazonas], Marcellus Campêlo, possa comparecer aqui e, talvez, possa prestar esclarecimentos ao povo brasileiro e ao povo do Amazonas.”