Circula pelo WhatsApp e pelas redes sociais um boato que criminosos estariam usando a função de agendamento do PIX para aplicar golpes. Porém, o Banco Central alerta que o conteúdo é falso e que a descrição da armadilha montada pelos golpistas não funcionaria na prática.
De acordo com a mensagem que está sendo compartilhada na internet, a vítima recebe uma notificação de um PIX de um desconhecido, que estaria na “opção agendada”.
Em seguida, a pessoa que enviou o dinheiro entra em contato e afirma ter feito a transferência por engano, solicitando o valor de volta. A vítima, então, faz um PIX no valor equivalente. Depois, o golpista cancela o agendamento realizado originalmente.
O G1 procurou o Banco Central (BC), que esclareceu que, embora exista a ferramenta de agendamento para o PIX, a descrição do tal golpe não passaria de um boato.
Isso porque o banco que recebe uma transferência agendada não tem como saber que existe um PIX para uma conta em uma data futura.
Ou seja, a vítima não teria como receber uma notificação de um valor que caiu em sua conta, como descreve a mensagem que circula nas redes.
Ainda segundo o BC, o recebedor só tem conhecimento da transação quando o agendamento chega à data marcada e quando o dinheiro cai na conta.
Precauções
Um pagamento agendado pode ser cancelado a qualquer momento. Por isso, se alguém enviar uma mensagem afirmando que programou por engano uma transferência, ela mesmo pode voltar atrás.
O BC diz que todas as operações do PIX são rastreáveis e que, a mando das autoridades judiciais, pode identificar os titulares das contas de origem e de destino de toda e qualquer transação.
A ferramenta de PIX agendado está disponível desde o lançamento da modalidade, em novembro passado, mas nem todos os bancos disponibilizaram a opção ainda.
O agendamento passa a ser obrigatório para todos as instituições a partir de 1º de setembro. Já a opção de agendar um QR Code com data de vencimento passa a ser obrigatório a partir 1º de julho.