Evandro Santo assume vício em drogas e anuncia quinta internação: “Uma doença”

Ator e repórter fez vídeo em seu Instagram, na noite de quinta-feira (24), para falar sobre sua dependência química

Evandro Santo fala de sua dependência química (Foto: Reprodução/Instagram)

O ator e repórter Evandro Santo, de 46 anos de idade, do extinto Pânico na TV, onde interpretava o personagem Christian Pior, usou seu Instagram, na noite de quinta (24), para falar de seu vício em drogas.

“Assumindo o BO. Saindo do armário do meu problemas com drogas. Que este vídeo te ajude a também a lidar com os seus problemas ou sua saúde mental!!! É preciso coragem para pedir ajuda, é preciso ser humilde, é preciso quebrar o véu da ignorância que nos cercam. Ser um adicto não é o fim…pode ser o começo de uma vida nova. Assistam e compartilhem! Limpo só por hoje, Evandro Santo”, escreveu ele.

No vídeo, de quase 10 minutos, ele dá muitos detalhes sobre a dependência química. “Este é o IGTV mais difícil e acho que um dos mais importantes da minha vida. Eu vou começar com uma frase que muitos de vocês talvez não conheçam, mas muito talvez conheçam: eu sou o Evandro, tenho 46 anos e sou um adicto em recuperação. A adicção é uma doença que pode surgir com compulsões e pode evoluir através de sexo, comida, drogas, no meu caso são as drogas”, começou ele.

“Sinto muito informar a vocês, mas essa doença não escolhe nível intelectual, não escolhe nível social, não escolhe se [você] é bonito ou se é feio. É uma doença, ela está espalhada em todas as classes sociais”, completou ele, que só teve contato com as drogas na via adulta, aos 29 anos.

“Eu tive uma adolescência bem tranquila, na verdade. Eu estava mais interessado em fazer balé, fazer teatro, pagar minhas contas. Eu já era gay, filho de mãe solteira, mexer com drogas não estava nos meus planos, eu sabia que isso poderia me derrubar a caminho da minha sobrevivência. Eu não fumei maconha, eu não bebi, não cheirei, não usei loló [conhecido como lança-perfume]. Todas as minhas loucuras eu fiz de cara limpa”, explicou.

“Eu fui beber a primeira vez quando eu tinha 25 anos, no Rio de Janeiro, eu nunca me esqueço. Eu tomei três caipirinhas de kiwi, eu levei um chifre do cara que eu gostava. Eu não sabia lidar com aquela emoção de rejeição. Eu fiquei bêbado, mas não me pegou”, ainda disse ele, que falou de seu primeiro contato com uma droga sintética.

“Ele estava tomando ecstasy e parecia tão moderno, tão crível, reluzente, ele estava andando com os caras mais bacanas da balada. Eu pedi, falei: ‘Eu quero tomar’. Eu tinha 29 anos. Tomei o primeiro ecstasy e foi aquela maravilha. A gente vai falar que é ruim? Não, a gente não pode mentir. É bom, no começo é muito bom”, revelou Evandro, que disse que o uso passou a acontecer uma vez ao ano.

“Até que uma vez, entre uma coisa e outra, acabaram me apresentando a Ketamina, que eu também não gostei muito. Só que eu fui ficando mais velho e eu não dei conta de algumas demandas da vida emocional e comecei a usar, tive um uso muito pesado de 2014 a 2020”, disse ele, que está em uma clínica de um amigo que fez em sua primeira internação, ainda em 2014.

“Estou na quinta internação. É um tratamento humanizado, a recuperação é por atração. Tem uma diferença entre estar limpo e estar em recuperação. Eu posso estar limpo e não estar em recuperação, a minha doença tem a ver com o meu comportamento. A recuperação é total, mental, espiritual e física. Foi nessa quinta internação que eu consegui finalmente falar: ‘Sim, eu sou doente. Sim, eu preciso de ajuda’. Foi a primeira vez que eu me internei voluntariamente, com vontade, e acho que fez toda a diferença”, ainda disse Evandro.

 

Fonte: Quem

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