Dois ex-secretário de Maceió se tornaram alvos da CPI da Pandemia. O colegiado convocou os ex-secretários de Assistência Social e de Saúde de Maceió, Francisco de Araújo Filho e Adeilson Loureiro. Em comum, ambos trabalharam na gestão do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB), e durante a administração do ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida (DC).
Francisco foi vereador no município de Cajueiro. Ocupou o cargo de titular da Secretaria Municipal de Assistencial Social. Adeílson, por sua vez, foi secretário Municipal de Saúde. Ambas as convocações foram protocoladas por integrantes da CPI devido a ações de ambos durante a gestão de Ibaneis, no DF.
Apesar de não ter sido divulgada a data para o depoimento de ambos os ex-secretários maceioenses, a expectativa é de que eles devam ir a Brasília nos próximos dias.
ADEÍLSON LOUREIRO E O ESQUEMA DO SUS
De acordo com a Agência Brasil, Loureiro aparece na lista convocatória de mais de 20 pessoas, incluindo o líder do governo na Câmara Federal, o deputado Ricardo Barros (PP/PR) e do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias.
Adeílson foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) devido a um esquema contra o Sistema Único de Saúde (SUS), onde exames – que nunca aconteceram – eram marcados em nome de artistas famosas como Ivete Sangalo, Vera Fischer, Suzana Vieira e outras. A época, ele era diretor-financeiro de um hospital. Em 2018, foi cotado para assumir um cargo no Ministério da Saúde, mas seu envolvimento no esquema do SUS fez seu nome ser barrado pelo então ministro, Luiz Henrique Mandetta (MDB).
FRANCISCO DE ARAÚJO E OS TESTES FAJUTOS
A convocação de Francisco de Araújo se deu devido à sua atuação como secretário de Saúde do DF. No ano passado, ele foi preso suspeito de fraudar licitações para a compra de testes fajutos e superfaturados de Covid-19. De acordo com o MPF, o prejuízo ao erário ultrapassou a casa dos R$ 46 mi.
De acordo com a Revista Veja, Araújo teria ligações com o relator da CPI da Pandemia, o senador alagoano Renan Calheiros (MDB). O parlamentar, porém, nega envolvimento com o ex-secretário.
