O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (2), um mandado de segurança solicitando o agendamento do seu depoimento na CPI da Pandemia. Barros seria ouvido na próxima quinta-feira (8), mas uma alteração na data da oitiva levou o deputado à solicitação para ser ouvido “o quanto antes”.
“Pedi hoje ao STF, por meio de mandado segurança, que mantenha a data de 8 de julho para que eu seja ouvido na CPI da Covid. Alego que estou sendo impedido de exercer minha ampla defesa por abuso de poder da CPI que ataca minha honra indevidamente”, afirmou Barros, por meio de uma postagem no Twitter.
Em depoimento à CPI da Pandemia no último dia 25, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um suposto “rolo” na aquisição das vacinas Covaxin é o do líder do governo no Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
“Todo mundo sabe que é Ricardo Barros”, o deputado citado por Bolsonaro como responsável pela situação com a Covaxin”, disse Miranda na oitiva.
De acordo com Barros, a audiência foi desmarcada pela presidência da CPI “sem justificativa e sem a definição de nova data”.
“Quero prestar o meu depoimento o quanto antes. Já me coloquei diversas vezes à disposição da CPI para esclarecer todos os fatos atribuídos a mim. Vou provar a lisura de todas as minhas ações”, disse.
A próxima semana da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, a décima, será focada em depoimentos relacionados às suspeitas de irregularidades nas negociações da vacinas contra a Covid-19. As denúncias começaram com o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que compareceu ao Senado com o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.