Floresta amazônica já emite mais gás carbônico do que absorve, aponta estudo

Estudo publicado nesta quarta-feira (14) na revista científica Nature, liderado por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que regiões da floresta afetadas pela degradação ambiental estão levando o conjunto da Amazônia a emitir mais carbono do que consegue absorver.

‘”A primeira má notícia é essa: por conta das queimadas e do desmatamento, a Amazônia, hoje, é uma fonte de carbono”, explica Luciana Vanni Gatti, uma das autoras do estudo.

 

Luciana Gatti diz que a segunda “má notícia” é a descoberta de um efeito secundário do desmatamento: a emissão indireta de carbono causada pelo impacto da diminuição das chuvas na fotossíntese.

“É sabido que acontece uma emissão direta com a queimada. A emissão indireta acontece porque, segundo o que observamos, as regiões desmatadas apresentam maior perda de chuva, principalmente na estação seca (agosto a outubro)”, explica a pesquisadora.

Com a queda o volume das chuvas, a temperatura subiu 2°C no nordeste da floresta e 2,5°C no sudeste, e esse “estresse” afetou a fotossíntese, fazendo que as árvores emitam mais CO2 do que em situações normais para compensar o desequilíbrio.

Segundo Gatti, atualmente a floresta emite – além do que consegue absorver – 0,29 bilhão de toneladas de carbono por ano para a atmosfera.

Fonte: G1

Veja Mais

Deixe um comentário