A mulher encontrada em buraco de cerca de 3 metros de profundidade em Londrina, no norte do Paraná, disse à Polícia Civil que foi espancada por sete pessoas, sendo cinco homens e duas mulheres. A informação foi revelada nesta sexta-feira (16).
Policiais da delegacia de Homicídios conversaram com a vítima no hospital durante a manhã. O delegado-chefe João Batista dos Reis, detalha que vítima disse que além de ser agredida, o grupo roubou um celular e R$ 50 que estavam com ela.
“Ela disse que não tem condições de indicar as pessoas responsáveis pela agressão. Uma equipe da delegacia trabalha para tentar localizar os autores”, explicou o delegado.
A mulher foi localizada após uma denúncia anônima ser feita na sede operacional da Guarda Municipal. Os agentes foram até uma construção abandonada na Rua Chile.
O denunciante disse que a mulher foi agredida a noite inteira e abandonada no buraco. Ainda segundo ele, os agressores voltariam na noite de quinta-feira (15) para matá-la.
O buraco onde a vítima foi abandonada foi fechado com uma tampa de cimento e por cima foram colocados galhos, pedaços de pau e entulhos de construção para não chamar a atenção. Ela ficou presa por quase 12 horas no local.
Aos guardas municipais que atenderam a ocorrência, a mulher disse que é usuária de drogas e passava pela rua na madrugada de quinta-feira quando foi agredida.
A vítima estava com ferimentos na cabeça, rosto, barriga, pernas e com as duas mãos quebradas, de acordo com informações da Guarda Municipal.
Nesta sexta-feira, a mulher segue internada. Ela está bem debilitada, mas segundo o hospital, o estado geral é considerado regular, está consciente e respira com ar ambiente.
Equipe nas ruas
O delegado-chefe de Homicídios espera o avanço nas investigações e identificação dos autores do espancamento para depois indicar por quais crimes os suspeitos serão responsabilizados.
A princípio, conforme João Batista dos Reis, os suspeitos poderão ser indiciados por tentativa de homicídio e até pelo crime de tortura.
“Precisamos esclarecer melhor os fatos, os motivos das agressões. Todo crime contra mulher é um crime bárbaro, ela foi violentamente agredida. Queremos elucidar os fatos o mais rápido possível”, concluiu o delegado.