A Polícia Civil do RS investiga o cirurgião plástico Klaus Wietzke Brodbeck por suspeita de abuso sexual contra pacientes. Na última terça-feira (13), endereços ligados ao médico foram alvo de buscas pelos investigadores.
Ele foi ouvido pela investigação duas vezes e nega os crimes. Mais de 80 mulheres já procuraram a polícia para relatar abusos.
Confira o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso.
- Quem é o médico investigado pela Polícia Civil?
- O que a polícia investiga?
- Quantas mulheres denunciaram o cirurgião?
- O que ele alega?
- O médico está preso?
- Como ele agia?
- Ele ainda pode atender?
- Quais são os próximos passos da polícia?
1. Quem é o médico investigado pela Polícia Civil?
Klaus Wietzke Brodbeck é um cirurgião plástico que atende em Porto Alegre. Ele possui registro ativo desde 1990.
2. O que a polícia investiga?
Até o momento, a polícia investiga crimes de abuso sexual contra mais de 80 pacientes e três funcionárias. O homem também é suspeito de manter relações sexuais com uma paciente sedada, após cirurgia.
3. Quantas mulheres acusaram o cirurgião?
Até o início da tarde desta sexta-feira (16), 86 mulheres haviam relatado abusos que teriam sido cometidos pelo médico à Polícia Civil. O número de denúncias disparou após a divulgação da investigação, na terça-feira (13), quando policiais foram a dois endereços ligados ao médico, e o convocaram para depor.
Inicialmente, a polícia reunia 12 relatos de mulheres.
4. O que ele alega?
Klaus Brodbeck negou os crimes em dois depoimentos prestados à polícia. O advogado dele, Gustavo Nagelstein, afirma que uma das denunciantes é uma pessoa que teria cometido uma extorsão contra Klaus, há alguns anos.
Ele diz ainda que o médico está disponível para prestar esclarecimentos.
5. O médico está preso?
Até esta sexta-feira (16), ele permanece solto.
6. Como ele agia?
As denunciantes relataram que os exames realizados pelo médico iam além do necessário para o diagnóstico do tipo de cirurgia estética que seria feita. Conforme uma paciente, a conduta do profissional era “estranha e constrangedora”.
Ela procurou o médico para fazer um implante de silicone, mas foi obrigada a tirar toda a roupa. E relata que o homem faziam “olhares constrangedores” e passava a mão no corpo das mulheres.
As histórias contadas à polícia dão conta até de troca de procedimentos estéticos por sexo.
7. Ele ainda pode atender?
Segundo o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), a entidade tomou conhecimento dos fatos por meio da Polícia Civil e encaminhou as informações relatadas para a Corregedoria, para apuração e de eventuais responsabilidades.
Enquanto o caso é apurado, o médico segue com o registro ativo.
8. Quais são os próximos passos da Polícia Civil?
A Polícia Civil abriu uma força-tarefa para receber as denúncias e apurar as denúncias. Todos os mais de 80 relatos serão apurados em inquéritos individuais, diz a delegada do caso, Jeiselaure Rocha.
As denúncias podem ser feitas nas Delegacias da Mulher ou em qualquer outra delegacia, e pelo WhatsApp da Polícia Civil, (51) 98444-0606.