O Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (LACEN-AL) ainda está analisando as amostras colhidas nos pescados que sofreram interdição cautelar, em um restaurante, no povoado Massagueira, após a confirmação médica de dois casos de Síndrome de Haff em Alagoas. Leia Mais Aqui
Em entrevista ao Alagoas24Horas, o coordenador da Vigilância Sanitária de Marechal Deodoro, Antônio Borges Soares, explicou que durante vistoria no estabelecimento não foram encontradas irregularidades e que não há relação entre a doença e o armazenamento, manuseio ou preparação dos alimentos. Os peixes estavam frescos e sem nenhum indício de contaminação pela toxina. Por isso, apenas uma análise minuciosa será capaz de identificar qual peixe apresentava o problema.
Uma curiosidade sobre os casos registrados é que os pacientes disseram ter consumido peixe Dourado, que – segundo o especialista – não tem histórico de causar a doença. “Como o Dourado estava armazenado no mesmo local que a Arabaiana, pode ter ocorrido a chamada “infecção cruzada”, destacou.
Inclusive a contaminação pode ter ocorrido a partir de um único peixe. Tanto a Vigilância Sanitária de Marechal Deodoro, quanto o proprietário do restaurante aguardam a análise do Lacen para saber quais as providências em relação aos 32kg de pescados interditados.
O especialista destaca que esse tipo de contaminação pode ocorrer a qualquer pessoa e não há como detectar antes de consumir o produto. “Infelizmente não tem previsibilidade nehuma”, disse.
Nota do LACEN
A Gerência do Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) informa que recebeu as amostras do pescado coletadas pela Vigilância Sanitária de Marechal Deodoro e que está em processo de análise. Ressalta, entretanto, que não há um prazo determinado para conclusão, uma vez que o processo requer minucioso estudo para comprovar ou descartar a presença da toxina proveniente de algas marinhas no pescado analisado, que podem ou não ter provocado os casos suspeitos de Síndrome de Haff, conhecida como doença da urina preta.