Uma empresária de Fortaleza usou as redes sociais para denunciar que a filha Maria Luiza, de 13 anos, sofreu cyberbullying em um aplicativo de conversas em vídeo com outros adolescentes. “Não foi um ato em si que me incomodou, foi um estopim. Isso deu um start para falar porque, inclusive, vou ser voz e outras pessoas podem se identificar comigo”, disse.
A garota, que usa uma órtese na perna desde os seis anos, divulgou fotos de um ensaio fotográfico no Instagram. Depois disso, ouviu frases preconceituosas ao participar de uma vídeo chamada com colegas em um aplicativo. Maria Luiza ouviu ironias e comentários preconceituosos como “E aí Malu? Você sabe jogar futebol? Tem a perna biônica, né? Kkkkk”.
A publicação de Mariana viralizou nas redes sociais entre cearenses e reacendeu a discussão acerca de como o bullying virtual pode atingir pessoas de diversas idades, incluindo adolescentes.
Malu não consegue movimentar a perna esquerda sem o auxílio de uma órtese e duas muletas. Da perna direita, após anos de fisioterapia, ela recuperou 90% do movimento. Foi para se empoderar, como diz a própria mãe, que a menina topou fazer um ensaio fotográfico. Mas a órtese parece ter chamado mais atenção de quem queria magoar.
“Não eram nem amigas e amigos dela, alguns conhecidos entraram na sala [de video chamada em que Maria Luiza estava] e entraram só para fazer isso com ela”, narra Mariana, que atribui ao fato um caso de “esgotamento físico e mental”.
“Chorei bastante porque, na verdade, venho de uma crescente. Não foi um ato em si que me incomodou porque eles já vinham acontecendo, foi um estopim. Isso deu um start para falar porque, inclusive, vou ser voz e outras pessoas podem se identificar comigo”, ressalta a mãe.
Segundo a mãe, o caso “foi uma coisa gratuita contra a Malu, somente para ofendê-la”. A mulher, entretanto, espera que os pais fiquem mais atentos ao que seus filhos fazem nas redes sociais, limitando o uso e colocando mais regras para evitar que mais pessoas sejam atingidas.
“Minha filha é muito de boa. Quando ela ficou doente, fiquei com medo de ela ter depressão, mas nunca precisou tomar nada. Levou tudo numa boa”, conta Mariana.
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