Após a transferência da ex-deputada federal Flordelis, para um presídio em Bangú, no Rio, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que irá pedir esclarecimentos à 3ª Vara Criminal, em Niterói, sobre a necessidade de transferir a ex-parlamentar e outras duas rés. Elas serão enviadas para o Presídio Nilza da Silva Santos, em Campos dos Goytacazes, a aproximadamente 280 km da capital.
De acordo com a Seap, além de Flordelis, outras duas rés do mesmo processo penal estão na unidade para onde a pastora foi levada, entre elas, Rayane dos Santos, neta de Flordelis. A terceira detenta é Andreia Santos Maia, suspeita de fraudar documentos para beneficiar a ex-parlamentar.
O pedido de esclarecimentos que será enviado nesta segunda-feira (16) à Justiça, é para evitar o descumprimento da decisão da juíza Nearis dos Santos. A magistrada determinou que Flordelis não tenha contato com os demais réus ou testemunhas do processo.
A Secretaria Penitenciária, no entanto, esclarece que “inicialmente, as três internas que estão no Instituto Penal Santo Expedito ficarão em espaços diferentes da unidade, sem contato, a fim de cumprir a ordem judicial que proíbe contato entre a ex-deputada e as demais rés do processo”.
Neste sábado (14), após a constatação de que não houve excesso no momento da detenção, a Justiça manteve a prisão preventiva de Flordelis. Depois ter o mandato cassado na semana passada, a pastora perdeu o foro privilegiado e teve o pedido de prisão feito pelo Ministério Público do Rio. A Justiça aceitou a recomendação do Ministério Público e, na sexta-feira (13), Flordelis foi presa em Niterói, na região metropolitana do Rio.
A defesa da ex-parlamentar entrou com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e aguarda o resultado.
Flordelis e outras dez pessoas são acusadas de participação na morte do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. A ex-deputada é apontada pelo MP como a mandante do crime e irá a júri popular por homicídio triplamente qualificado.