Preço da gasolina passa de R$ 7 o litro em quatro estados

Dados da ANP indicam que postos de gasolina no Acre, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins já cobram esse valor pelo combustível

Na última semana, os moradores dos estados do Acre, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins se surpreenderam com o preço do litro da gasolina, que superou os R$ 7, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O custo mais alto foi encontrado em Bagé (RS), onde seis postos de gasolina vendem o combustível a R$ 7,189 o litro.

Na cidade de Barra Mansa (RJ), o preço praticado em um dos postos é de R$ 7,059 e, em Cruzeiro do Sul (AC), nove estabelecimentos cobram o litro da gasolina por valores entre R$ 7,110 e R$ 7,130.

Na contramão, a cidade de Bauru, no estado de São Paulo, registrou o valor mais baixo cobrado pelo combustível, com um abastecimento que custa R$ 4,990 por litro.

  • Tocantins: R$ 7,36
  • Rio Grande do Sul: R$ 7,18
  • Acre: R$ 7,13
  • Rio de Janeiro: R$ 7,05

Nos últimos dias, a média do preço pago pela gasolina no Brasil subiu 1,53% e alcançou os R$ 5,956.

O Rio de Janeiro tem o preço médio mais alto do país, com o litro vendido a R$ 6,48. Com apenas três centavos a menos (R$ 6,45), o Acre registra o segundo lugar. O pódio é completado pelo Distrito Federal, onde a gasolina é comercializada por R$ 6,35, na média.

Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina comercializada nos postos, de acordo com dados ANP, a composição do preço ocorre da seguinte forma:

  • 27,9% – tributo estadual (ICMS)
  • 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
  •  32,9% – lucro da Petrobras (indiretamente, do governo federal, além dos acionistas)
  • 15,9% – custo do etanol presente na mistura
  • 11,7% – distribuição e revenda do combustível

Para o diesel, a segmentação é realizada de maneira diferenciada, com uma fatia significativamente maior destinada para o lucro da Petrobras.

  • 15,9% – tributo estadual (ICMS)
  • 7% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
  • 52,6% – lucro da Petrobras
  • 11,3% – presença de biodiesel na mistura
  • 13,2% – distribuição e revenda

O valor final também depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado. Por sua vez, é a inflação que impacta na alta do dólar.

Pressionada pela crise hídrica, que elevou as contas de energia elétrica, a inflação oficial do país acelerou no último mês para 0,96% e acumula alta de 8,99% no ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta do Banco Central (BC) para a inflação em 2021 é 3,75%, mas, pela regra vigente, será considerada cumprida se o indicador alcançar de 2,25% a 5,25%. Isso significa que o governo federal está cada vez mais longe do resultado estabelecido como meta.

  • Rio de Janeiro: R$ 6,48
  • Acre: R$ 6,45
  • Distrito Federal: R$ 6,35
  • Piauí: R$ 6,30
  • Goiás: R$ 6,27
  • Minas Gerais: R$ 6,18
  • Tocantins: R$ 6,15
  • Rio Grande do Sul: R$ 6,14
  • Rio Grande do Norte: R$ 6,10
  • Sergipe: R$ 6,09
  • Rondônia: R$ 6,06
  • Bahia: R$ 6,06
  • Alagoas: R$ 6,04
  • Espírito Santo: R$ 6,04
  • Pará: R$ 6,03
  • Mato Grosso do Sul: R$ 5,95
  • Mato Grosso: R$ 5,94
  • Ceará: R$ 5,93
  • Pernambuco: R$ 5,90
  • Maranhão: R$ 5,90
  • Amazonas: R$ 5,79
  • Paraíba: R$ 5,79
  • Santa Catarina: R$ 5,74
  • Paraná: R$ 5,73
  • Roraima: R$ 5,63
  • São Paulo: R$ 5,62
  • Amapá: R$ 5,14
Fonte: Metrópoles

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