City: Ederson batendo pênalti? Goleiro diz que possibilidade é real, revela ‘aval’ de Guardiola e brinca: ‘Vou assumir o posto’

Atual 9º colocado na tabela da Premier League, o Manchester City iniciou a temporada com derrota para o Tottenham, mas se recuperou com a goleada por 5 a 0 sobre o Norwich na última partida, válida pela segunda rodada, no Etihad Stadium. Agora, neste sábado (28), às 8h30, a equipe do técnico Pep Guardiola tentará emplacar mais uma vitória, contra o Arsenal, novamente em casa.

Entre os líderes do atual elenco do City, o goleiro brasileiro Ederson viveu um dos melhores momentos da carreira na última temporada, quando conquistou o seu terceiro título do Campeonato Inglês. Agora, sua missão é tentar manter a boa forma na atual campanha. Em entrevista à repórter da ESPN Brasil Natalie Gedra, o jogador de 28 anos falou sobre os novos desafios que estão por vir.

Na visão do camisa 31, como atual campeão, o Manchester City terá trabalho dobrado na Premier League, mas acredita que a manutenção da base do time da última temporada é um dos trunfos para a equipe voltar a triunfar.

“Chega certa altura que fica difícil dar uma passinho mais acima. Acho que o mais é difícil é se manter quando se chega lá em cima. Não podemos cair. Se você olhar, as últimas quatro temporadas na Premier League foram excepcionais, com três títulos e um vice. É um campeonato muito difícil de se manter. Temos a mesma base da temporada passada, é claro que os nossos adversários contrataram, boas contratações, grandes jogadores. Contratamos o Grealish, também um grande jogador. Nossa base se mantém a mesma, temos um trabalho ao longo de um tempo, que já praticamos dentro de campo. O principal foi manter a base do time porque temos qualidade para ganhar os jogos, jogar bem, ir atrás de bons resultados e nos mantermos no topo da tabela. É claro que temos que trabalhar mais, ainda mais por ser início de temporada, mas o nosso time está preparado, os jogadores estão afim de fazer uma grande temporada, ganhar jogos, jogar bem e poder conquistar títulos”, começou por dizer.

O arqueiro brasileiro ainda lembrou da última temporada e disse que a coloca no top-3 das melhores da carreira.

“Eu tive grandes temporadas, também no Benfica, no Rio Ave. Eu procuro a cada ano sempre me dedicar, dar o máximo. Eu sou um cara que gosto sempre de trabalhar muito, dar o máximo no treino e transportar isso para o jogo. Mas é claro que, se colocar na ponta do papel, foi uma das minhas melhores temporadas, não a melhor, mas está no top-3. Conseguimos dois títulos, chegar à final da Champions. Claro que vou trabalhar para este ano ser bem melhor”, prosseguiu.

O sucesso da última temporada, com os títulos do Campeonato Inglês e Copa da Liga Inglesa, também foi ofuscado com o vice na Champions League para o rival Chelsea. E segundo Ederson, a derrota na final foi um verdadeiro baque.

“Aquele sabor agridoce. Depois de uma felicidade tão grande, uma tristeza da mesma altura, mais ou menos. Foi muito complicado, é sempre difícil você perder jogos, ainda mais numa final e de Champions League. Foi um baque muito grande saber lidar com esta derrota, eu não sei lidar com derrota, fico chateado, não gosto de perder. Fiquei uns três dias sem dormir direito após a final. Foi muito difícil, mas em seguida já teve a Copa América, deu para dar uma amenizada um pouco a mais. Foi muito decepcionante, fica aquele pensamento de que poderíamos ter vencido, poderíamos ter chegado lá. Também temos que saber reconhecer o vencedor, que fez uma grande campanha, trabalhou para isso, assim como nós. Futebol é assim, tem que ter um vencedor, foi o Chelsea, mas a equipe está de parabéns pelo que produziu na temporada passada, pela campanha que fizemos, pelo nosso futebol, conquistamos e perdemos títulos. Foi uma campanha de 85, 88% de sucesso”, disse.

“Aquele sabor agridoce. Depois de uma felicidade tão grande, uma tristeza da mesma altura, mais ou menos. Foi muito complicado, é sempre difícil você perder jogos, ainda mais numa final e de Champions League. Foi um baque muito grande saber lidar com esta derrota, eu não sei lidar com derrota, fico chateado, não gosto de perder. Fiquei uns três dias sem dormir direito após a final. Foi muito difícil, mas em seguida já teve a Copa América, deu para dar uma amenizada um pouco a mais. Foi muito decepcionante, fica aquele pensamento de que poderíamos ter vencido, poderíamos ter chegado lá. Também temos que saber reconhecer o vencedor, que fez uma grande campanha, trabalhou para isso, assim como nós. Futebol é assim, tem que ter um vencedor, foi o Chelsea, mas a equipe está de parabéns pelo que produziu na temporada passada, pela campanha que fizemos, pelo nosso futebol, conquistamos e perdemos títulos. Foi uma campanha de 85, 88% de sucesso”, disse.

Cobrador de pênaltis oficial do City?

Na última temporada, apesar das conquistas, o clube inglês também teve alguns pontos fracos revelados. Um deles, a recorrente perda de pênaltis pelos jogadores de linha do time. E uma brincadeira que começou nas redes sociais com a torcida, ainda pode ser transformar em realidade.

Segundo Ederson, desde a última campanha ele se dispôs a ser o cobrador oficial de pênaltis do time. O brasileiro disse que a oportunidade ainda não veio, mas que ainda não descartou esta possibilidade, já que costuma treinar cobranças e tem o aval de Guardiola.

“Não chegou no fato de eu me tornar o cobrador oficial, mas chegou certa altura do campeonato que eu falei que se tivesse pênalti na partida, eu que ira cobrar e acabou não tendo. Tivemos muitos problemas neste quesito na temporada passada, espero que não se repita na atual porque um pênalti é muito importante para o nosso time, um gol a mais que pode fazer diferença no campeonato, pode ser um ponto ou três pontos, que fazem grande diferença na contagem final. É uma coisa que eu sempre treino, sem goleiro, ali sozinho, coloco uns alvos para eu acertar e, se começar a mesma coisa da temporada passada, eu vou assumir o posto (risos)”, revelou.

“Sim, é um fato que ele não decide [Guardiola]. No momento do jogo, quem se sente mais confiante, que está bem para bater, é quem pega a bola, bate e assume a responsabilidade. A partir do momento que você assume a responsabilidade, você tem que ir com total confiança de que vai fazer o gol. Tem que ser assim, caso contrário acontece o que vinha acontecendo na temporada passada”, complementou.

Por último, Ederson ainda lembrou da disputa da Copa América, onde foi titular durante todo o mata-mata. Numa espécie de desabafo, o goleiro criticou o estilo de jogo apresentado pela Argentina na final, no Maracanã, e que terminou em derrota do Brasil por 1 a 0 e no vice-campeonato.

“Eu acho que eu tive um bom desempenho nas partidas, tivemos muitas coisas que foram difíceis de ultrapassar, a questão da qualidade dos gramados, tinham gramados de muita má qualidade no Brasil, isso atrapalhou um pouco o nosso estilo de jogo. Isso não é desculpa porque é ruim para os dois lados. Eu coloco como positiva, tirando a final, que foi um jogo muito feio. Acho que foi uma das finais mais feias que eu já joguei, a partir do momento que a Argentina fez o gol, ficou um jogo feio, de muitas faltas, perda de tempo. Era óbvio que eles fariam isso, é claro, porque eles estão jogando na nossa casa, com um gol de vantagem, é o estilo argentino de jogar. Foi uma final muito feia, que eu não gostei, achei um jogo feio e que não teve muito futebol. Eu vejo que aqui, na Premier League, são 60, 70 minutos de bola rolando. Se colocar na ponta do papel, esta final deve ter tido uns 25 minutos de bola rolando. Para você ver a diferença, que é muito grande”, finalizou.

Fonte: ESPN

Veja Mais

Deixe um comentário