Ex-delegado geral da Polícia Civil de Alagoas se torna réu por homicídio

 

João Urtiga/Alagoas 24 Horas/Arquivo

Paulo Cerqueira durante entrevista coletiva

O ex-delegado geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira, se tornou réu por homicídio. Cerqueira é investigado na morte do advogado mineiro Nudson Haley Mares de Freitas, de 46 anos, assassinado a tiros em frente a uma farmácia na Avenida João Davino, em Mangabeiras, crime ocorrido em 2009.

Cerqueira havia sido indiciado pela Polícia Federal, o que resultou no seu pedido de afastamento do cargo, em abril deste ano. O juiz Marcelo Tadeu afirma ter sido ele o verdadeiro alvo do atentado e acusa o delegado alagoano de prejudicar as investigações sobre o crime.

Segundo a denúncia, “a prova da materialidade se encontra no laudo do exame cadavérico e demais elementos informativos contidos nos autos”. A juíza Luana Cavalcante de Freitas, da 9ª Vara Criminal da Capital, afirma em sua decisão que, embora o Ministério Público descreva, em tese, qual foi a participação do denunciado, não consegue esclarecer a sua motivação, não descreve o meio cruel empregado, nem a associação criminosa.

A juíza afirma, ainda, receber a denúncia apenas parcialmente, no que diz respeito à acusação da prática do crime de homicídio simples, recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A reportagem do Alagoas 24 horas tenta contato com o delegado Paulo Cerqueira para obter um posicionamento sobre a decisão da justiça alagoana. Ao se desligar as direção-geral da PC, Cerqueira emitiu uma nota à imprensa onde classificava o indiciamento como um equívoco. “Rechaço, em nome da verdade, qualquer envolvimento em trama criminosa, muito menos em desfavor de uma pretensa vítima”, disse à época.

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