Líderes da Câmara e do Senado vão se reunir para tentar destravar pautas no Congresso

CNN Brasil

Líderes partidários da Câmara e do Senado devem se reunir nesta quinta (16) em busca de “acertar os ponteiros” entre as duas Casas, reduzir o clima de animosidade e destravar a pauta do Congresso Nacional.

A informação foi confirmada ao blog por líderes que participaram de uma reunião, nesta terça (14), com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Lira se reunia com as lideranças da Câmara na residência oficial quando o grupo foi visitado por Pacheco. O presidente do Senado, segundo deputados presentes, fez uma fala sinalizando para a necessidade de harmonia no parlamento e propôs o novo encontro na quinta.

De um lado, deputados reclamam que projetos aprovados pela Câmara têm ficado estagnados no Senado. A lista inclui o texto da reforma política, que determina a volta das coligações, a privatização dos Correios e a reforma do Imposto de Renda.

Desses, a reforma política é a que mais interessa aos deputados, que desejam o retorno das coligações para facilitar a reeleição em 2022.

Do outro lado, senadores reclamam que acordos feitos com a Câmara não estariam sendo cumpridos. Esse estresse teria levado o Senado a rejeitar, por exemplo, a reforma trabalhista incluída por deputados em uma medida provisória enviada por Jair Bolsonaro.

Estresse preocupa governo

 

O clima de animosidade entre as Casas preocupa o Palácio do Planalto, que já vem enfrentando dificuldades na votação de seus projetos dentro do Congresso.

O maior temor do governo é não conseguir aprovar, por exemplo, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que autoriza o parcelamento do pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) no ano que vem.

O governo conta com o parcelamento dos precatórios para abrir espaço no Orçamento da União de 2022 para o novo Bolsa Família. A criação do Auxílio Brasil é uma das armas do governo para tentar reduzir o desgaste do presidente junto à população.

A conta dos precatórios de 2022 chega a R$ 89 bilhões, contra cerca de R$ 50 bilhões neste ano. O governo tenta postergar, para os anos seguintes, pelo menos metade deste valor – e, com isso, abrir espaço no orçamento para temas de maior apelo eleitoral.

Fonte: G1

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