O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) embargou a área onde funcionaria a fábrica da cervejaria Heineken em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O empreendimento, que pretende produzir 760 milhões de litros por ano, causaria danos à área onde foi encontrado o fóssil humano mais atingido das Américas, conhecido como “Luzia”. De acordo...
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) embargou a área onde funcionaria a fábrica da cervejaria Heineken em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O empreendimento, que pretende produzir 760 milhões de litros por ano, causaria danos à área onde foi encontrado o fóssil humano mais atingido das Américas, conhecido como “Luzia”.
De acordo com documento a que o g1e a TV Globo tiveram acesso, o ICMBio alega que “em nenhum momento o empreendedor avalia a compatibilidade do empreendimento com o Decreto de Criação e o seu Plano de Manejo”.
Ainda de acordo com o instituto, há alto risco geológico no local, “impossibilitando a instalação da fábrica sem aprofundamento dos estudos”.
Os poços P1P e P2P, que fazem parte do projeto, vão bombear 150 m³ de água por hora, o que causaria grande impacto nos lençóis freáticos e nas cavernas do Fedo, Cipó e Nei.
“O empreendimento fatalmente afetará a área de influência da caverna Lapa Vermelha”, diz o documento.
O fóssil de “Luzia” foi encontrado nesta região.
A área embargada pelo ICMBio é de 1,7 hectares. A instalação da indústria também foi proibida por causa do tamanho do empreendimento.
Em dezembro do ano passado, o governador Romeu Zema (Novo) anunciou a obra em seu perfil nas redes sociais. Segundo ele, serão investidos R$ 1,8 bilhão.
“Minas cresce! Anunciamos mais um megaempreendimento para o estado: o grupo Heineken vai construir uma nova fábrica no Estado”, disse ele na oportunidade.
O g1 procurou o ICMBio sobre os valores das multas aplicadas, mas, até a publicação desta reportagem, o instituto não tinha se manifestado. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) também ainda não explicou por que concedeu a licença.
Obras em fase de terraplanagem
Em nota, a Heineken informou que deu entrada na Semad com o pedido de licença ambiental para a construção da cervejaria em abril de 2021. Segundo a empresa, a documentação foi referendada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
“No dia 10 de setembro de 2021, a empresa recebeu a equipe do ICMBio no terreno de sua futura cervejaria em Pedro Leopoldo (MG). Nessa ocasião, a equipe expôs seu ponto de vista acerca da licença concedida em 24 de agosto de 2021 pela autoridade ambiental do estado de Minas Gerais e a necessidade de paralisação do trabalho de terraplanagem”, disse a nota.
A Heineken informou que suspendeu a atividade no local e se colocou mais uma vez à disposição de todos os órgãos envolvidos.
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