Preso é suspeito de mandar bilhete a policial penal oferecendo R$ 20 mil em troca de celulares: ‘Fala um PIX ou conta’

Detento foi autuado em flagrante por oferecer vantagem indevida a servidor público. Segundo registro policial, ele jogou a mensagem no chão em frente ao agente penitenciário.

Reprodução/Polícia Civil

Bilhete apreendido em presídio de Goianira

Um detento do Presídio de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, foi autuado em flagrante suspeito de oferecer R$ 20 mil a policial penal em troca de celulares e carregadores. Segundo registro da Polícia Civil, o presidiário fez essa oferta por meio de um bilhete.

“E aí, tranquilo? Vou te dar 20 mil para você trazer quatro telefones, cinco carregadores a manivela e três telefones sem WhatsApp. Se for querer, só me fala onde eu deixo os 20 mil, ou um PIX e o lugar para deixar as coisas. Um PIX ou conta da Caixa para depósito… Manda a resposta”, lê-se no bilhete.

g1 não conseguiu descobrir quem representa a defesa do detento Carlos Belchior de Jesus Ferreira para pedir uma posição sobre o caso. Segundo registro da Polícia Civil, o preso confessou que precisava dos celulares e carregadores descritos na mensagem.

A reportagem pediu uma posição à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) às 7h44 desta quinta-feira (30) e aguarda retorno.

Segundo consta em registro na Polícia Civil, a prisão aconteceu no sábado (25) e um juiz converteuo flagrante em prisão preventiva no dia seguinte.

O agente penal que denunciou ter recebido a proposta levou o preso à Central de Flagrantes de Trindade naquela noite e prestou depoimento.

A corporação registrou que o suspeito tomava banho de sol com os demais detentos enquanto policiais vistoriavam as celas. Quando formaram fila para voltar às celas, o preso “saiu da rota de passagem dos presos e foi em direção ao agente”.

Segundo o relato do policial penal, o detento, olhando diretamente para o agente, jogou o bilhete no chão, voltando à fila em seguida. O servidor disse que não havia outros colegas no local, somente ele.

O Código Penal Brasileiro prevê pena de dois a 12 anos mais multa a quem for condenado pelo crime de corrupção ativa.

Fonte: g1

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