Réu é condenado a mais de 30 anos de prisão por homicídio de ex-mulher

Pena também inclui a tentativa de homicídio contra a filha da vítima; júri ocorreu nessa quarta (20)

DHC/AL

José Luciano da Silva, conhecido como “sabido”, 34 anos

A Justiça alagoana condenou a 33 anos e seis meses de reclusão, o réu José Luciano da Silva pelo homicídio praticado contra a ex-companheira, Maria Inês da Silva, e pela tentativa de homicídio contra a filha da vítima, Linda Inês da Silva, em 2017. O júri popular ocorreu nessa quarta (20), no Fórum da Capital.

A vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo na manhã do dia 10 de março, em via pública, no Conjunto Cleto Marques Luz, no bairro de Santa Lúcia, depois de ser abordada por um homem usando camisa de mototaxista, em uma motocicleta, a cerca de 500 metros da sua casa. A filha conseguiu escapar depois da munição do autor falhar. Naquele dia eleas estavam indo à Delegacia da Mulher.

“O réu agiu com culpabilidade especialmente reprovável, porque premeditou o crime e o executou com extrema frieza, o que demonstra o alto grau de reprovabilidade da conduta”, afirmou o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que presidiu a sessão.

Segundo os autos, o acusado agia de forma agressiva e intimidadora com a família. “Há relatos da filha da vítima e da irmã da vítima indicando que José Luciano costumava ameaçar e intimidar quem manifestasse intenção de tentar ajudar a vítima das agressões e ameaças que esta sofria”, destacou o magistrado na sentença. José Luciano não poderá apelar da decisão em liberdade.

Reprodução Redes Sociais

Crime aconteceu em 2017

Inicialmente, a informação era de que o crime se tratava de um assalto, mas moradores teriam reconhecido o ex-marido da vítima, de quem ela estaria separada há 4 meses. Testemunhas contatam ainda que no dia anterior, eles teriam discutido e Inês teria afirmado que iria procurar a polícia para denunciar o ex.

O réu foi preso quatro dias depois, em em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz John Silas. Ele confessou o crime, afirmando que teria sido motivado por uma suposta traição e inconformismo com o fim do relacionamento. Negou, no entanto, ter apontado a arma para a filha da vítima.

Matéria referente ao processo nº 0700237-62.2017.8.02.0067

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