A Justiça alagoana condenou a 33 anos e seis meses de reclusão, o réu José Luciano da Silva pelo homicídio praticado contra a ex-companheira, Maria Inês da Silva, e pela tentativa de homicídio contra a filha da vítima, Linda Inês da Silva, em 2017. O júri popular ocorreu nessa quarta (20), no Fórum da Capital.
“O réu agiu com culpabilidade especialmente reprovável, porque premeditou o crime e o executou com extrema frieza, o que demonstra o alto grau de reprovabilidade da conduta”, afirmou o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que presidiu a sessão.
Segundo os autos, o acusado agia de forma agressiva e intimidadora com a família. “Há relatos da filha da vítima e da irmã da vítima indicando que José Luciano costumava ameaçar e intimidar quem manifestasse intenção de tentar ajudar a vítima das agressões e ameaças que esta sofria”, destacou o magistrado na sentença. José Luciano não poderá apelar da decisão em liberdade.
Inicialmente, a informação era de que o crime se tratava de um assalto, mas moradores teriam reconhecido o ex-marido da vítima, de quem ela estaria separada há 4 meses. Testemunhas contatam ainda que no dia anterior, eles teriam discutido e Inês teria afirmado que iria procurar a polícia para denunciar o ex.
O réu foi preso quatro dias depois, em em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz John Silas. Ele confessou o crime, afirmando que teria sido motivado por uma suposta traição e inconformismo com o fim do relacionamento. Negou, no entanto, ter apontado a arma para a filha da vítima.
Matéria referente ao processo nº 0700237-62.2017.8.02.0067