Quando uma pessoa recebe o diagnóstico de uma doença como o câncer, tudo a sua volta parece desmoronar. Além dos tratamentos clínicos para o corpo, são necessários os cuidados com a mente, afinal, é comum que a saúde psicológica do paciente também seja afetada.
O psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa, chama atenção para a importância do acompanhamento multidisciplinar durante o tratamento da doença e afirma: a luta contra o câncer deve ser ressignificada e também pode ser sinônimo de renascimento, luta, e, principalmente, esperança.
Diagnóstico não é sentença de morte
De acordo com um estudo publicado pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, há evidências de aumento de ansiedade, depressão e até disfunções neurocognitivas e sexuais em pacientes diagnosticados com câncer, especialmente durante o primeiro ano de tratamento.
Carol Costa explica que a patologia ainda é associada à morte e que a realização de campanhas como o outubro rosa e o novembro azul – que visam a conscientização dos cânceres de mama e de próstata, respectivamente – são um período importante para alertar sobre a importância do cuidado com a saúde mental, não apenas durante esse período, mas em todas as fases da vida.
“Por ser uma doença agressiva e o tratamento penoso para o paciente, esse é o tipo de notícia que vem quase como um atestado de morte. O sofrimento pode ir desde a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e o medo ante o desconhecido”, afirma o profissional.
Segundo o especialista, é de extrema importância o acompanhamento de um profissional de saúde mental antes, durante e depois do tratamento.
“A saúde mental deve estar preservada para que o paciente continue lutando. Também é importante esclarecer que o tratamento deve ser feito de maneira multidisciplinar, envolvendo, sempre que possível, familiares, amigos e, claro, outras especialidades, como psicólogo ou psiquiatra”.
Psicologia positiva e humanista
Atualmente, a psicologia faz uso de várias estratégias e abordagens terapêuticas para trazer mais conforto emocional ao paciente. Carol Costa destaca as abordagens positiva e humanista como duas grandes aliadas.
A psicologia positiva, em vez de priorizar a identificação de desvios ou patologias mentais, se volta para a manutenção e reforço da felicidade e bem-estar do paciente. Já a psicologia humanista analisa o indivíduo como um todo, seu corpo, mente, espírito e emoções.
“Com o avanço da medicina, as opções de tratamentos e prognósticos de cura têm evoluído consideravelmente. Por isso, não perca a vontade de viver e a força que tem dentro de si. Cuidar da mente é cuidar da vida”, finaliza o psicólogo do Sistema Hapvida.