O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse, nesta quarta-feira (3), que solicitou à plataforma Telegram o controle da conta de um perfil falso que tinha as iniciais dele e estava vinculado a conteúdos pornográficos.
Segundo a assessoria do ex-juiz, após Moro entrar em contato com a plataforma para obter acesso à conta, o canal foi apagado.
Moro fez uma postagem no Twitter, no início da madrugada, com o endereço da conta que afirmou ter solicitado. A assessoria dele disse que a publicação é parte do processo e da política do Telegram para reivindicar um usuário de rede.
Em seguida, a postagem sobre o assunto foi apagada da conta do ex-juiz.
De acordo com o Telegram, os nomes de usuário utilizados na plataforma são distribuídos por ordem de chegada. A empresa destacou que caso o nome desejado já esteja em uso por outra pessoa, é possível fazer a requisição.
Para isso, é necessário ter o mesmo nome de usuário em pelo menos dois desses serviços: Twitter, Instagram e Facebook. Ainda conforme o Telegram, para solicitar um registro que já esteja em uso, é necessário entrar em contato com mensagem para @username_bot.
Diálogos no Telegram
Em 2019, o site The Intercept divulgou trechos de mensagens enviadas pelo Telegram atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e ao então juiz Sérgio Moro.
O conteúdo das conversas levantou questionamento sobre suposta imparcialidade de Moro ao julgar e condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em processos da operação.
O Intercept informou, à época, que recebeu as mensagens de uma fonte anônima e que checou a autenticidade. Sergio Moro denunciou no dia 4 de junho que foi vítima de um hacker.