Um estagiário do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi desligado e apreendido após confessar ter furtado equipamentos eletrônicos retidos em uma operação.
A informação foi publicada pelo jornal “O Globo” e confirmada pelo g1.
Celulares, laptops e tablets foram furtados em julho do depósito do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), durante uma obra.
Esses aparelhos constavam como provas da Operação Favorito, um desdobramento da Lava Jato em que foram denunciados o empresário Mário Peixoto, o ex-deputado estadual Paulo Melo e outras 15 pessoas. A força-tarefa investigava contratos suspeitos na Saúde do RJ — os achados na operação ajudaram no impeachment de Wilson Witzel.
O estagiário, menor de idade, tinha sido contratado no fim de junho, quando começou a obra no Gaeco. No dia 15 de julho, funcionários encontraram no depósito invólucros violados onde deveriam estar os eletrônicos.
Uma apuração interna identificou o jovem, que foi desligado do trabalho. No dia 21 de julho, confessou ao MPRJ ter subtraído diversos aparelhos. Na ocasião, devolveu dois celulares que ainda estavam com ele e indicou nomes de receptadores dos demais equipamentos.
Após a revelação, o Ministério Público, junto com a Polícia Militar, desencadeou uma operação nas favelas Mandela e Arará, no Complexo de Manguinhos.
Na ação, os receptadores foram localizados e, com eles, dois aparelhos de celular, recuperados.
O Ministério Público ainda não informou se o furto foi aleatório ou se foi proposital para desviar os equipamentos e sumir com provas.
O ex-estagiário responderá na Vara da Infância pelo ato infracional análogo a furto.