Após ser novamente citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como favorito do Planalto para disputar o governo de São Paulo no próximo ano, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, negou que haja entendimento claro sobre qual será seu destino em 2022.
Embora admita que as conversas sobre a intenção do presidente em torná-lo cabeça de chapa na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes estão em andamento, Tarcísio de Freitas não esconde que ainda tem dúvidas se aceitará a bênção de Bolsonaro.
“Não tem nada certo. Não faço a menor ideia do que vou fazer. (…) Estou conversando com o presidente. Ele me pediu para pensar. Não tem nenhuma decisão tomada”, disse.
A decisão, no entanto, deverá ser tomada muito em breve, garante. Tarcísio afirma que está em busca de segurança para o que considera uma difícil decisão.“A gente precisa ter segurança e essa segurança precisa ser baseada em números, em evidências. Sou matemático, minha cabeça funciona assim”, brincou.
A intenção do presidente Bolsonaro também é levar Tarcísio e outros nomes do governo para o PL, ao qual se filiará no próximo dia 30. A filiação do ministro, segundo ele mesmo, também não é certa.
Pandemia e restrições
Assim como a pasta da Justiça, o ministro foi contrário as recentes recomendações da Anvisa sobre a restrição de voos vindos da África do Sul e adoção de um passaporte vacinal para estrangeiros. Ele acredita que o mais correto é cobrar a vacinação de quem visita o país.
“A gente tem defendido a abertura para aquelas pessoas que estejam com a imunização completa e vacinas reconhecidas pela OMS. E diminuição das exigências sanitárias para aqueles com imunização completa e procedimentos mais rígidos para quem não tem imunização completa. É nessa linha que a gente vai seguir”, disse.
Tarcísio salientou que se trata de uma opinião pessoal, mas uma portaria com regras sobre o assunto precisaria do aval da pasta — além da Saúde, Justiça e Casa Civil.