PF faz operação para resgatar crianças e prender suspeitos de pornografia infantil; AL é alvo

Policial federal durante Operação LOBOS II na manhã desta sexta-feira (3) — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta sexta-feira (3), a Operação Lobos 2 contra suspeitos de abuso sexual de crianças e de adolescentes e de produzir, divulgar e armazenar pornografia infantil. Além disso, a ação busca localizar e resgatar vítimas que possam estar em situação de extrema violência.

Ao todo, para esta sexta, foram emitidos oito mandados de prisão preventiva e 104 de busca e apreensão, distribuídos em 20 estados, incluindo Alagoas, Pernambuco, e no Distrito Federal. As cidades em que são cumpridas as ordens judiciais e os nomes dos alvos não foram divulgados.

Em uma fase anterior da operação, não divulgada pelos investigadores na época, um homem apontado pela PF como um dos principais difusores de pornografia infantil do mundo foi preso, em 2019.

“Posso até considerar que ele era o alvo zero um do mundo no que ele fazia de hospedagens de pornografia infantil na deepweb. Era o principal criminoso do mundo nesse tipo. Tivemos a participação de várias policiais, o FBI, dois EUA, o NCI, da Inglaterra, todos os países mais desenvolvidos do mundo colaboraram nessa investigação”, declarou o delegado Renato Cintra, responsável pelas investigações.

O homem, que não teve a identidade revelada, era dono de cinco dos maiores fóruns do mundo sobre o tema, com páginas com sobre estupro de bebês, crianças ou com violência que eram acessadas por 1,8 milhão de pessoas, disse a polícia.

De acordo com a PF, todo o conteúdo ilícito era vinculado na darkweb, uma parte da deepweb, como é chamada área da internet que não pode ser acessada através de buscadores comuns.

Investigação
A Polícia Federal em Pernambuco, em conjunto com polícias de outros países, investigava desde 2016 uma rede de abuso e produção de pornografia infantil. “Um dos administradores do fórum estava aqui em Pernambuco e foi preso em 2017”, disse o delegado.

Foi assim que o delegado chegou ao homem que seria um dos principais difusores desse tipo de material ilícito no mundo.

Após a prisão, a PF descobriu um grande esquema comandado por ele que envolvia a divisão de tarefas de pessoas como arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, entre outros.

Ao todo, foram mais de cinco anos de investigação. Os crimes investigados na Operação Lobos II são a venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

Fonte: G1

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