Mulher abusada ao andar de bicicleta diz que não consegue mais sair de casa

Ela foi ao trabalho acompanhada no dia seguinte ao ocorrido, mas diz que se sente muito insegura e tem medo de ser reconhecida pelo agressor. Caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Mulher diz que ficou traumatizada após homem passar a mão no corpo dela — Foto: Reprodução/Facebook/PGINFOMÍDIA

A mulher de 37 anos que foi vítima de importunação sexual por um ciclista que passou a mão no corpo dela enquanto ambos pedalavam por uma rua em Praia Grande, no litoral de São Paulo, disse que não consegue mais sair de casa depois do ocorrido e que continua muito assustada. Ela já havia dito que, por medo de ser reconhecida pelo agressor, decidiu mudar sua aparência.

“Não consigo mais sair de casa. Fui trabalhar no dia seguinte, acompanhada, mas estou muito assustada com tudo”, desabafa a atendente de supermercado que prefere não se identificar. Ela contou que faz o mesmo caminho há 13 anos e que jamais imaginou que isso pudesse acontecer. “É coisa que a gente vê só na televisão”, completou.

A importunação sexual aconteceu enquanto ela estava pedalando, como de costume, por volta de 6h45 da última sexta-feira (3), na Rua Santa Rita de Cássia, Vila Caiçara. A mulher só percebeu a aproximação do desconhecido quando sentiu a mão dele em sua bunda. Em seguida, o homem pedala mais rápido que ela e foge.

“Estou me sentindo um nada, porque nada foi o que eu consegui fazer. Eu poderia ter reagido, alguma coisa assim, mas eu entrei em choque e não consegui reagir”, desabafou.

Mudança na rotina
O ocorrido mudou a sua rotina. Além de ter decidido mudar a própria aparência para não ser reconhecida pelo agressor, ela diz que não fará mais o caminho até o trabalho com o uniforme do supermercado e que mudará o percurso até o trabalho. “Quero tentar mudar tudo. Não vou mais com a roupa do trabalho, vou mudar a rua. Vou fazer outro trajeto mais longo”, conta.

Desde a importunação sexual, a mulher diz que ficou traumatizada e pediu ajuda a colegas no trabalho para ter companhia no trajeto entre sua casa e o serviço. “Trabalhar eu fui [no sábado], mas com muito medo”, contou. “Desde então eu não consigo sair de casa. Fui trabalhar, mas fui em companhia de outras pessoas”.

A atendente disse, também, que não tem conseguido dormir direito desde o acontecido e que tem tomado sustos com aproximações repentinas. “Estou muito traumatizada”, finaliza.

 

Fonte: G1

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