Suspeitos de ‘limpar’ conta bancária de vítimas de roubo de celular ostentavam carros de luxo e maços de dólar na web

Carros importados, coberturas em bairros de luxo, maços de dinheiro e armas. Por trás da vida de ostentação nas redes sociais, estava um esquema de receptação de aparelhos celulares e de furto de dinheiro das contas bancárias das vítimas em Belo Horizonte.

As investigações da Polícia Civil, que começaram após a identificação de diversos crimes semelhantes, resultaram na prisão e no indiciamento de três suspeitos, que atuavam em um shopping popular da capital mineira. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 1 milhão.

Polícia começou a investigar organização criminosa após registro de inúmeras ocorrências semelhantes em BH — Foto: Redes sociaisPolícia começou a investigar organização criminosa após registro de inúmeras ocorrências semelhantes em BH — Foto: Redes sociais

Ao todo, a operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão. Os suspeitos — dois homens de 25 e 34 anos, e uma mulher, de 34 — devem responder pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada e furto qualificado, mediante fraude.

“Com essas quantias movimentadas, esses criminosos ostentam uma vida de luxo. Moram em coberturas em bairros nobres, ostentam combos de bebidas caras em festas, relógios de valor alto, carros importados, como BMW e Land Rover, além de maços e maços de dinheiro, tanto real e dólar”, diz a delegada Lígia Mantovani.

 

Como era o esquema

 

O esquema descoberto pela polícia começava com o furto ou roubo de iPhones e contava com a ajuda inclusive dentro de empresas telefônicas.

“E essas vítimas narravam ainda que, após a subtração dos telefones, os autores esvaziavam as contas bancárias, causando prejuízo de valores significativos”, afirma a delegada.

 

Vida de ostentação estava por trás de esquema criminoso em BH — Foto: Redes sociaisVida de ostentação estava por trás de esquema criminoso em BH — Foto: Redes sociais

De acordo com as apurações, para conseguir acesso aos aplicativos de banco instalados nos aparelhos, os criminosos adotavam duas estratégias.

“Ou eles ligam para as vítimas se passando por policiais e dizendo que há uma investigação em andamento e solicitam a senha ou então encaminham um link falso da Apple, como se fosse da própria empresa, comunicando a localização do aparelho. Quando a vítima clica, ela automaticamente fornecesse acesso aos criminosos”, diz.

Suspeitos exibiam carros importados na internet — Foto: Redes socaisSuspeitos exibiam carros importados na internet — Foto: Redes socais

Com o celular desbloqueado, os criminosos retiravam todo o dinheiro da conta das vítimas, fazendo transferências via PIX. O destino dos valores era a conta dos próprios golpistas ou de laranjas. Na sequência, os aparelhos eram resetados e postos à venda no shopping popular ou em sites da internet.

Segundo Lígia Mantovani, a polícia suspeita que, para conseguir os dados pessoais das vítimas e para retirada de impedimento dos aparelhos roubados junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os suspeitos eram auxiliados por funcionários de companhias telefônicas, que ainda não foram identificados.

Além dessas pessoas, a investigações também seguem com foco de localizar os responsáveis pelos furtos e roubos.

Polícia estima que grupo movimentou mais de R$ 1 milhão — Foto: Redes sociaisPolícia estima que grupo movimentou mais de R$ 1 milhão — Foto: Redes sociais
Fonte: G1

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