Policial civil acusada de matar universitária visitou vítima no trabalho

Carla Patrícia Novaes da Silva Melo no trabalho da vítima um dia antes do crime Foto: Reprodução

Câmeras de segurança gravaram a inspetora da Polícia Civil Carla Patrícia Novaes da Silva Melo no local de trabalho da estudante de Direito Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, um dia antes dela ser morta pela agente. Isadora era secretária de uma autoescola, espaço onde Carla esteve em 25 de novembro à procura da estudante. No dia seguinte, a mulher foi assassinada com um tiro disparado pela policial após uma discussão, em Queimados, na Baixada Fluminense.

No dia do assassinato, Isadora foi até a casa de Carla Patrícia. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a policial estaria armada ao atender a estudante. Uma discussão teve início e pouco depois houve o disparo, que atingiu Isadora na cabeça. Ela chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento, em Queimados, mas não resistiu. O juiz do Tribunal do Júri da Comarca de Queimados decretou a prisão preventiva da inspetora, que já é considerada foragida. A ordem de prisão atendeu pedido feito pela promotora Elisa Pittaro, da 2ª Promotoria de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Nova Iguaçu e de Duque de Caxias.

Segundo a denúncia do MPRJ, em que consta que o crime foi praticado por motivo torpe e sem chance de defesa para a vítima, Isadora manteve um relacionamento de um ano com o marido da policial, o que foi descoberto pela agente. Durante este tempo, ele usou o nome da vítima para abrir uma empresa de proteção veicular. E também teria, segundo o MPRJ, utilizado economias e crédito da estudante para erguer o negócio. No início de 2021, Carla teria descoberto a traição, o que fez que seu marido encerrasse a relação extraconjugal. Além disso, segundo a denúncia, ele também teria demitido Isadora da empresa.

Mãe de dois filhos, um deles ainda em idade de amamentação, a policial civil teve a prisão decretada na última quinta-feira. Ela não foi encontrada por policiais que tentaram cumprir o mandado de prisão expedido pela Justiça. Dias depois do assassinato, o advogado Igor Carvalho, que defende a inspetora, disse que sua cliente não tinha intenção de matar a estudante e que chegou a socorrer a vítima levando-a para uma unidade de saúde.

Fonte: Extra

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