Uma confusão trouxe mais sofrimento para famílias que perderam parentes. Um corpo acabou sendo enterrado no lugar do outro.
Gelson Vital de Andrade, de 78 anos, morreu após um quadro de gripe na última segunda-feira (20). Ele estava na Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.
A família reconheceu o corpo e a funerária Casa Bom Pastor ficou responsável por fazer o embalsamamento – a empresa também marcou para esta última quarta-feira (22) o velório e o enterro.
Pouco antes do início do velório, a neta de Gelson, Clara Helena Andrade, percebeu que não era o avô que estava ali.
“Chegamos por volta de 10h40. O corpo já estava lá e vimos que não era o meu avô. Era um homem completamente diferente dele. Não havia ninguém da funerária. Fomos até a administração para entender o que havia acontecido. Os documentos do meu avô estavam lá e já entramos em contato com a Sinaf”.
Em dos braços do corpo que deveria ser de Gelson, havia uma pulseira onde estava escrito o nome Gibson A. Costa. Foi a partir daí que a família soube que a funerária levou o corpo de Gelson para outro velório.
Ele foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, às 10h, como se fosse outra pessoa.
A família registrou o caso na delegacia de Ricardo de Albuquerque.
Agora, a empresa Sinaf Seguros, responsável pelo sepultamento, está tentando realizar a exumação do corpo por meio de um pedido no Plantão Judiciário.
O medo é que as comemorações de Natal atrasem ainda mais a despedida da família de Gelson, que é de Roraima.
“Espero que tudo se resolva o mais rápido possível. O Natal já está aí e a família inteira está arrasada. É um transtorno muito grande”, lamentou o filho de Gelson, Jorge Andrade.